PSDB anuncia participação em protestos contra Dilma
O PSDB participará das manifestações contra o governo Dilma Rousseff (PT) marcadas para o próximo domingo (15). A informação foi confirmada em nota divulgada pelo partido nesta quarta-feira (11).
"O PSDB, através de seus militantes, simpatizantes e várias de suas lideranças participará, ao lado de brasileiros de todas as regiões do país, desse movimento apartidário que surge do mais legítimo sentimento de indignação da sociedade brasileira", diz o texto assinado pelo presidente do PSDB e candidato derrotado à presidência nas eleições de 2014, Aécio Neves; e pelos líderes tucanos no Senado e na Câmara, Cássio Cunha Lima e Carlos Sampaio. Aécio disse, no entanto, que não irá a nenhum ato.
A nota do partido não faz referência à ideia de impeachment da presidente Dilma. Entre os organizadores dos protestos, há, porém, grupos que defendem a derrubada da petista e apoiadores de uma intervenção militar.
Na nota, o PSDB responde de forma indireta a declarações dadas por Dilma. No começo da semana, a petista disse que um "terceiro turno das eleições" não pode ser aceito "a não ser que você queira uma ruptura democrática".
“Ao contrário de que alguns tentam fazer crer, os protestos que ocorrem nas redes sociais e nas ruas não defendem um terceiro turno, mas a rigorosa apuração de responsabilidades sobre a corrupção endêmica incrustrada [sic] no corpo do estado nacional, e cobra o abandono dos compromissos assumidos publicamente com a população”, afirma a nota do PSDB. “São manifestações legítimas de um país que vive em plena democracia e se posiciona perante múltiplas e graves crises”.
O PSDB também diz “repudiar a atitude daqueles que, em nome de seus interesses partidários, cerceiam e deturpam o direito à livre manifestação, e tentam convencer a população de que a crítica aos governantes se confunde com atentados contra a ordem institucional e o Estado de Direito”.
Aécio fora
Depois da divulgação da nota, Aécio disse, no Congresso, que os tucanos não querem "partidarizar" os protestos. “Manifestar-se nas ruas não é golpe, é exercer a democracia na sua plenitude. Eu, pessoalmente, até para não dar um caráter eleitoral ou partidário, não pretendo estar presente, mas orientei os companheiros dos partidos que estejam".
O tucano criticou o Partido dos Trabalhadores e disse que os protestos refletem a insatisfação com o governo. "O PT não pode se achar no direito de decidir sobre o que quando e por que os brasileiros podem protestar. Nós estaremos pacifica e democraticamente nas ruas para mostrar nossa insatisfação”.
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