Justiça revela conversas e sugere que governo tentou impedir prisão de Lula
O juiz Sérgio Moro, que coordena a Operação Lava Jato, quebrou o sigilo das investigações e, com isso, ficaram públicas conversas telefônicas contidas no processo. Em uma delas, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversam e dão entender que o governo federal teria agido para tentar impedir uma eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa gravação foi interceptada pela Polícia Federal às 13h42 desta quarta-feira (16). Os conversam por telefone a respeito do termo de posse do ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil, que dá foro privilegiado ao petista.
Em outra, no dia 4 de março, Lula cita a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber em conversa com o ministro-chefe da Casa Civil Jaques Wagner.
O diálogo com Wagner ocorreu no mesmo dia em que Lula foi conduzido coercitivamente a depor pela Polícia Federal. Lula e sua defesa estariam pedindo que o STF decidisse tirar da Justiça Federal a prerrogativa de investigá-lo.
Em outras conversas, citadas pela "Folha de S.Paulo", Lula disse que o subprocurador Eugênio Aragão, nomeado ministro da Justiça, “seja homem” e “tenha pulso”, o que a força-tarefa da Lava Jato interpreta como insinuações de que o governo deveria colocar limites na operação.
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