Sem consenso, PP deixa para abril decisão sobre sair ou ficar no governo
O PP vai decidir se sairá ou não da base aliada do governo em uma convenção marcada para um dia antes ou depois da entrega do parecer da comissão que avalia o impeachment na Câmara.
Pelos cálculos do próprio partido, isso deve acontecer entre os dias 11 e 12 de abril.
Membros do PP se reuniram por mais de duas horas nesta quarta-feira (30) para discutir a posição e marcar a data.
O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do partido na Câmara, fez o anúncio após a reunião, mas evitou falar se o partido caminha ou não para a saída do governo.
Ao lado dele no anúncio, os deputados Jerônimo Goergen (PP-RS) e Julio Lopes (PP-RJ), declaradamente a favor da saída e do impeachment da presidente Dilma Rousseff, afirmaram que os membros caminham para um "consenso" pela saída da base. Segundo Goergen, dos 51 deputados do PP, "mais de 35" apoiam o desembarque.
O presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), esteve presente ao encontro nesta quarta-feira, mas saiu sem falar com os jornalistas presentes.
A data da votação varia de acordo com o número de sessões da Câmara.
Diferentemente do PMDB, que abandonou o governo na última terça-feira, o partido ainda não chegou a uma definição se segue ou não ao lado de Dilma Rousseff.
O PP tem a terceira maior bancada do Congresso. O partido ainda tem 6 senadores e atualmente comanda o Ministério da Integração.
O PT luta para tentar mantê-lo na base, principalmente com a distribuição de cargos e aumentando o número de Ministérios nas mãos do partido.
O deputado Julio Lopes afirmou, porém, que isso não será suficiente para manter o PP ao lado do governo federal.
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