Deputados da oposição criticam discurso de Temer e reforçam pedido de impeachment
O plenário da Câmara ficou praticamente vazio na tarde desta quinta-feira (18). Os poucos deputados que estão no local --às 16h35, eram dez-- fazem discursos contra o presidente Michel Temer (PMDB) e de defesa da realização de "eleições diretas já".
Parlamentares da oposição que esperavam uma renúncia de Temer criticaram o pronunciamento do mandatário, que por volta das 16h discursou no Palácio do Planalto e afirmou que não deixará o cargo, apesar das gravações apresentadas pelo empresário Joesley Batista à PGR (Procuradoria Geral da República) em delação premiada.
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou que o presidente "tentou enganar o povo brasileiro com uma versão que não vai convencer ninguém". Ele também reforçou a intenção da oposição de apresentar às 17h mais um pedido de impeachment contra o peemedebista, com ênfase na denúncia de obstrução de Justiça.
Já foram protocolados dois pedidos de impedimento de Temer na Câmara dos Deputados desde que o jornal O Globo revelou na quarta-feira que o presidente teria dado aval a Joesley Batista para continuar pagando uma mesada pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba.
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), que protocolou o primeiro pedido, na noite desta quarta, disse que vai insistir na cassação pelo Congresso e disse esperar que o TSE antecipe para a semana que vem a retomada do julgamento da chapa Dilma-Temer.
Em discurso no plenário após o pronunciamento do presidente Michel Temer, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) declarou que o peemedebista "só não renuncia porque sabe que pode ser preso no dia seguinte". O petista ainda conclamou o povo brasileiro a ir às ruas nesse fim de semana exigir a renúncia de Temer.
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