Advogado de Aécio diz que R$ 2 milhões de sócio da JBS foram "ajuda de amigo"
O advogado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), José Eduardo Alckmin, disse nesta quinta-feira (18) que o tucano está “inconformado e surpreso" com as acusações de que teria pedido R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS, para pagamento de sua defesa na Operação Lava Jato, e com o afastamento de suas funções parlamentares imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com Alckmin, Aécio foi vítima de uma exposição “descontextualizada das informações”, já que o pedido dos R$ 2 milhões, segundo o defensor, teria sido feito a Batista como um empréstimo pessoal. “Houve [esse empréstimo] para custear a defesa – um empréstimo entre duas pessoas privadas, [sem] nenhuma relação com a função que ele exerce se senador. Empréstimo, pelo que se sabe, ainda não é crime”, disse.
De acordo com o advogado, que pedirá ao STF cópia dos autos para recorrer contra o afastamento do senador, não houve tentativa de camuflar a transição financeira. “Uma operação dessas é corriqueira na esfera civil – todos nós pedimos empréstimos, e você sabe que o banco, muitas vezes, não tem um juro aceitável. Se a gente tem oportunidade de ter um amigo que pode ajudar, pede ajuda, e foi o que aconteceu”, finalizou.
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