Veja os 7 senadores que "traíram" o governo e votaram contra a reforma trabalhista
Sete senadores de quatro partidos da base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB) votaram contra as orientações das próprias legendas, mas não conseguiram evitar a aprovação do texto principal da reforma trabalhista, na noite desta terça-feira (11).
Eles se juntaram a outros 19 oposicionistas, totalizando 26 votos contra o projeto, que recebeu 50 votos a favor. A senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) foi a única presente no plenário a se abster de votar. Por conta do posto que ocupa, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), não votou. Para que a reforma trabalhista fosse aprovada, era preciso apenas maioria simples.
As "traições" ao governo foram registradas em quatro partidos da base, entre eles o PMDB, que teve quatro senadores contrários ao projeto: Eduardo Braga (AM), Kátia Abreu (TO), Renan Calheiros (AL) e Roberto Requião (PR).
No PSDB, partido que tem quatro ministros e avalia desembarcar oficialmente do governo, mantendo o apoio às reformas propostas por Temer, o único voto contrário foi do senador Eduardo Amorim (SE), que já havia sido decisivo na rejeição do relatório sobre o projeto na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, no mês passado.
O senador Otto Alencar (PSD-BA) também votou contra, apesar de sua legenda ter dois ministros no governo Temer, entre eles o da Fazenda, Henrique Meireles. Do PTB, partido que ganhou o Ministério do Trabalho e da Previdência social, a "traição" foi de Telmário Mota (RR).
Ex-líder do PMDB no Senado, Calheiros fez um discurso de ataques ao projeto e a Temer após a aprovação do texto-base, e elogiou o protesto de senadoras da oposição que ocuparam a Mesa Diretora do plenário, atrasando em mais de sete horas a votação.
"Muitas vezes, a virtude está na minoria. Nessa tarde de hoje, sem dúvida nenhuma a virtude esteve na minoria. O Senado Federal, que durante muito tempo foi conhecido como a Casa que faz o que o povo quer, se submete a fazer o desmonte do Estado social, do dia para a noite", declarou o peemedebista.
Segundo Renan, a reforma "será marcada pela perversidade" e o projeto vindo da Câmara e aprovado sem modificações no Senado trouxe uma "carga de maldade que sufoca e penaliza os trabalhadores, sobretudo os mais desvalidos". "Este governo está no fim, parece morto", declarou.
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