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Alckmin é eleito presidente do PSDB e diz que Lula será derrotado nas urnas

Da esq. para a dir.: José Serra, Marconi Perillo, João Doria, Geraldo Alckmin, Alberto Goldman e Fernando Henrique Cardoso Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

09/12/2017 12h52Atualizada em 10/12/2017 07h49

O PSDB oficializou neste sábado (9), em convenção nacional em Brasília, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como novo presidente do partido, por 470 votos sim, 3 não e 1 abstenção.

Em discurso logo após ser eleito, o tucano partiu para o ataque contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, meus amigos, ele quer voltar à cena do crime."

"Fiquem certos de uma coisa, nós os derrotaremos nas urnas. Lula será condenado nas urnas pela maior recessão de nossa história. As urnas os condenarão pelos milhões de empregos perdidos, pelas empresas fechadas, pelos sonhos desfeitos", discursou.

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Ao assumir o comando do PSDB, Alckmin dá um passo na construção de sua possível candidatura à Presidência da República em 2018, quando deve enfrentar Lula. No entanto, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, defende que o partido realize prévias para a escolha do presidenciável tucano.

"O Brasil vive uma ressaca, descobriu que a ilha da fantasia petista nunca foi a terra prometida. A ilusão petista acabou em pesadelo, na maior crise econômica e ética da história do nosso país. Agora é hora de olhar pra frente", declarou Alckmin.

Em meio à demissão de ministros tucanos do governo, o governador reafirmou o compromisso do partido com o apoio às reformas defendidas por Michel Temer, como a da Previdência.

"O PSDB reitera sua disposição no âmbito do Congresso à aprovação de reformas necessárias ao nosso país", disse.

"Temos compromisso com nossa história, temos coerência com nossas atitudes", afirmou.

No comando do partido, Alckmin terá mais espaço para negociar alianças com outras siglas, influenciar os diretórios estaduais, além de ganhar uma maior exposição na mídia.

Além de Alckmin, foram eleitos o governador de Goiás, Marconi Perillo, como vice-presidente. O segundo vice-presidente é o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli. Também são vice-presidentes os senadores Paulo Bauer (SC) e Flexa Ribeiro (PA), o governador do Paraná, Beto Richa, os deputados federais Shéridan Oliveira (RR) e Carlos Sampaio (SP), e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. O secretário-geral será o deputado Marcus Pestana (MG).

Na convenção, a mesa principal foi ocupada pelo prefeito de São Paulo, João Doria, por Alckmin, por Arthur Virgílio, e pelo então presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, e pelo ex-presidente FHC. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-presidente do partido, chegou a ir até o local, mas não ocupou lugar de destaque nem discursou no palco.

Doria, cuja pré-candidatura ao Planalto chegou também a ser cogitada, anunciou na convenção seu apoio a Alckmin como candidato do partido à Presidência em 2018. "Quero dizer aqui o meu apoio, e reafirmar o meu apoio incondicional a Geraldo Alckmin, não apenas como presidente nacional do PSDB mas também para juntos termos a liderança de Geraldo Alckmin para caminhar à Presidência da República do Brasil"

A escolha de Alckmin para o cargo, que se apresentou como candidato único após acordo que teve a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é também uma tentativa de pacificar a divisão aberta com a saída do senador Aécio Neves do comando da legenda.

Aécio chegou a ser ovacionado por uma claque de militantes ao chegar à convenção, mas vaiado do lado de dentro do centro de convenções.

Pego pelas investigações da delação da JBS, e denunciado por corrupção e obstrução de Justiça, Aécio se licenciou da presidência do partido em maio deste ano e passou o posto interinamente ao senador a Tasso Jereissati (CE). Aécio nega qualquer irregularidade.

Aécio é ovacionado ao chegar para convenção

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Eleições 2018

Pesquisa Datafolha divulgada no dia 2 deste mês apontou Alckmin empatado numericamente em quarto lugar com o ex-governador Ciro Gomes (PDT, 6%) e tecnicamente com o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa (sem partido mas cortejado pelo PSB, 5%) e o senador Alvaro Dias (Podemos, 3%). 

Nesse cenário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 34% e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) fica na segunda posição, com 17%. Marina Silva (Rede) aparece com 9%, mas tecnicamente empatada com Alckmin, Ciro e Barbosa.

A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Análise: o que esperar do PSDB em 2018?

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