Multa da Justiça Eleitoral à campanha de Lula chega tarde
Ao impor multa de R$ 250 mil à campanha de Lula por impulsionar propaganda negativa contra Bolsonaro, o TSE atestou o óbvio: na sucessão de 2022, a pancadaria roncou dos dois lados. Não foi a primeira vez nem será a última.
Uma penalidade imposta mais de um ano e meio depois da abertura das urnas serve menos como corretivo do que como estímulo à reincidência. Fica ainda mais realçada a dificuldade da Justiça Eleitoral de evitar a reiteração das baixarias.
O eleitor sempre perde alguma coisa quando a exposição dos esqueletos que os candidatos guardam no armário prevalece sobre a exibição de programas de governo.
As pancadas não explicam o resultado que saiu das urnas. O que houve foi um plebiscito para decidir se o obscurantismo, o negacionismo e o golpismo deveriam ser mantidos no comando ou expulsos do Planalto.
Prevaleceram, por pequena margem, a democracia e o bom senso Nesse contexto, a peça que levou à punição tardia do TSE —um vídeo que chama Bolsonaro de "incompetente", "mentiroso" e "desumano"— não passa de um asterisco. Até por essa razão, a campanha de Lula poderia ter passado sem ele. Evitaria a multa e as comparações que nivelam por baixo.
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