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STF diz ter imagens de manifestantes que usaram tinta em protesto pró-Lula

Funcionários limpam tinta vermelha jogada por manifestantes na entrada do STF - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Funcionários limpam tinta vermelha jogada por manifestantes na entrada do STF Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

24/07/2018 19h25

O STF (Supremo Tribunal Federal) informou em nota nesta terça-feira (24) que tem imagens dos manifestantes que jogaram tinta vermelha na entrada da Corte durante protesto em que pediam a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista está preso há mais de três meses após sua condenação em segunda instância na Operação Lava Jato.

"A Secretaria de Segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) já está adotando, na forma da lei, as providências para apurar os atos ocorridos na data de hoje (24) contra o edifício-sede do Tribunal, em Brasília. Imagens e informações dos envolvidos, bem como números de placas de veículos foram coletadas pela segurança do Tribunal e contribuirão para as investigações", diz o comunicado.

Já a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) divulgou nota de repúdio ao que chamou de "atos de vandalismo" na sede do STF.

"A AMB tem advertido, em diversas oportunidades, para os riscos que a democracia brasileira tem corrido e reitera os seus posicionamentos para denunciar a intenção escusa dos ataques frequentes ao Poder Judiciário, na clara tentativa de constranger a Justiça."

Segundo a entidade de juízes, "não se pode admitir, sob qualquer pretexto, atos de vandalismo como este que atinge a mais alta instância do Judiciário brasileiro. A AMB reafirma a defesa da do Estado Democrático de Direito e entende que atos dessa natureza não podem permanecer impunes."

Até o começo da tarde, nenhum integrante do grupo de manifestantes, que tinha cerca de 20 pessoas, havia sido detido. 

Em abril, integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) jogaram tinta vermelha no prédio em que a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, mantém apartamento em Belo Horizonte. O ato ocorreu dias depois de Cármen Lúcia dar o voto que desempatou a votação em que foi negado um habeas corpus preventivo para Lula.