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Fachin dá 15 dias para PGR se manifestar em inquérito contra Temer

FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGENCIA BRASIL / AFP
Imagem: FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGENCIA BRASIL / AFP

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

12/09/2018 18h51Atualizada em 12/09/2018 19h33

Após a Polícia Federal concluir o inquérito sobre suspeitas de repasses ilegais da Odebrecht ao presidente Michel Temer e a seu partido, o MDB, o ministro Edson Fachin, relator da investigação no STF (Supremo Tribunal Federal), deu 15 dias para que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste.

A Procuradoria pode decidir apresentar denúncia contra o presidente ou pedir outras medidas sobre as investigações, como diligências complementares.

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Na última semana, a Polícia Federal concluiu o relatório das investigações do inquérito e apontou suspeitas de que Temer teria recebido ao menos R$ 1,43 milhão em propina da empreiteira.

O relatório diz haver indícios de que o presidente cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Temer tem negado a prática de qualquer irregularidade.

A investigação apura suspeitas levantadas pelas delações premiadas de executivos da Odebrecht. Os delatores afirmaram que Temer e políticos do MDB negociaram o repasse de R$ 10 milhões ao partido, durante um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do então vice-presidente, em 2014.

Procurado pela reportagem, o Palácio do Planalto informou, via assessoria de imprensa, que não irá se manifestar sobre a decisão de Fachin.