Pesquisa CNT/MDA: governo Bolsonaro é aprovado por 38,9% dos brasileiros
Resumo da notícia
- Prestes a completar dois meses no poder, governo Bolsonaro é avaliado positivamente por quase 40% da população
- A avaliação positiva pessoal de Jair Bolsonaro é de 57,5%
- A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais
- Para 56,8% dos entrevistados, os filhos estão interferindo nas decisões de Jair Bolsonaro
- A pesquisa foi feita pelo instituto MDA e encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte)
O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é avaliado como ótimo ou bom por 38,9% da população, aponta pesquisa do instituto MDA encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgada hoje em Brasília. Este é o primeiro levantamento do tipo realizado pelas entidades na gestão de Bolsonaro, que tomou posse em 1º de janeiro deste ano.
Os que avaliaram o governo Bolsonaro como regular foram 29%, e os que o avaliaram como ruim ou péssimo foram 19%.
Do total, 13,1% não souberam opinar sobre o tema.
A pesquisa também mediu outros parâmetros nas entrevistas, como o desempenho individual do presidente Jair Bolsonaro, ministros, governadores e prefeitos, além de expectativas futuras.
Avaliação pessoal do presidente Jair Bolsonaro:
- Aprovam: 57,5%
- Desaprovam: 28,2%
- Não sabe/não respondeu: 14,3%
De acordo com a pesquisa, 82,7% dos entrevistados afirmam ter votado para presidente nas eleições do ano passado. Destes, 70,4% estão satisfeitos com o voto, enquanto 15,9% estão muito satisfeitos. Outros 7,6% se declararam arrependidos.
Na avaliação de 55,4% dos entrevistados, o governo do presidente está sendo melhor do que o de Michel Temer (MDB). Para 24,3% está sendo igual, e para 8,7%, pior.
Em relação ao governo de Dilma Rousseff (PT), 55,9% acreditam que Bolsonaro está se saindo melhor. Por outro lado, 19,4% acham que está pior, e 14,5% acham que está igual.
Outros governos
Nas primeiras pesquisas CNT/MDA no início de seus governos, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) obtiveram avaliação positiva de 56,6% e de 49,2%, em 2003 e 2011, respectivamente.
Se tomados como base os 38,9% que avaliam o início do governo Bolsonaro como ótimo ou bom, o atual presidente se sai pior do que Lula (56,6%) e Dilma (49,2%). No entanto, as pesquisas anteriores não foram realizadas no primeiro mês de fevereiro de cada um dos petistas. A de Lula foi realizada no mês de janeiro e foi feita pelo instituto Sensus; a de Dilma foi realizada no mês de agosto. Assim, não é possível comprar os resultados.
Em relação a Michel Temer (MDB), também não é possível fazer uma comparação, porque a primeira pesquisa CNT/MDA de seu mandato foi em junho de 2016, um mês depois de assumir temporariamente a Presidência com o trâmite do impeachment de Dilma. Na época, ele largou com 11,3% da população considerando o governo ótimo ou bom.
Não houve pesquisa MDA/CNT no início do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Vice e instituições
A pesquisa MDA/CNT indica que 39,2% confiam mais em Bolsonaro do que em seu vice, general Hamilton Mourão, enquanto 6% confiam mais no vice. Outros 27,5% disseram não confiar em nenhum dos dois, enquanto 16,3% confiam igualmente em ambos. 6,6% afirmaram não conhecer o vice-presidente.
As instituições ou corporações em que os entrevistados mais confiam são:
- Igreja: 34,3%
- Bombeiros: 19,7%
- Forças Armadas: 16%
- Justiça: 9,8%
- Polícia: 4,1%
- Imprensa: 3,7%
- Governo: 2,4%
- Congresso Nacional: 1%
- Partidos políticos: 0,2%
A pesquisa também ouviu os entrevistados sobre expectativas quanto à melhoria de vida em diversas áreas. Veja as respostas por tópico:
Emprego
- Vai melhorar: 51,3%
- Vai piorar: 17,2%
- Vai ficar igual: 28,7%
Renda mensal
- Vai aumentar: 33,8%
- Vai diminuir: 9,6%
- Vai ficar igual: 51,2%
Saúde
- Vai melhorar: 41,7%
- Vai piorar: 19,2%
- Vai ficar igual: 36%
Educação
- Vai melhorar: 47,2%
- Vai piorar: 15,6%
- Vai ficar igual: 34,8%
Segurança pública
- Vai melhorar: 53,3%
- Vai piorar: 17,5%
- Vai ficar igual: 26,3%
Sobre o combate à corrupção, 48,3% avaliam que o governo atual está atuando conforme o esperado se comparado com o que foi prometido na campanha eleitoral. Já para 21,6%, o combate está pior do que o esperado, e para 20,6%, melhor do que o esperado.
Questionados se Bolsonaro tem condições de unificar os brasileiros, 40,5% disseram que sim, mas 21,6% disseram acreditar que ele acirrará a separação política entre as pessoas. Para 18,1%, a atuação dele não vai alterar a situação.
Segundo os entrevistados, os principais desafios do atual governo são:
Saúde: 42,3%
Segurança: 34,3%
Educação: 31,6%
Corrupção: 29,2%
Emprego: 23,7%
Economia: 14,3%
Combate à pobreza: 13,3%
Meio Ambiente: 1,5%
Saneamento: 1%
Energia: 0,9%
Transporte: 0,8%
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades federativas nas cinco regiões do país, entre os dias 21 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Ou seja, a probabilidade de a pesquisa retratar a realidade é de 95%.
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