Ministros do Turismo e da Casa Civil são exonerados para votar Previdência
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), foram exonerados de seus respectivos cargos, para reassumirem seus mandatos como deputado federal. O objetivo é que, assim, eles possam votar a reforma da Previdência, esperada para ir a plenário a partir de hoje. As exonerações foram publicadas hoje no Diário Oficial.
O Palácio do Planalto havia confirmado na segunda-feira que quatro ministros deixariam o cargo com a mesma finalidade. Além de Álvaro Antônio e Onyx, eram esperados a titular da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), e o da Cidadania, Osmar Terra (MDB-RS).
Os quatro foram eleitos para a Câmara em outubro do ano passado, mas se licenciaram da Casa para ocuparem os ministérios. O UOL questionou o Planalto sobre a saída dos dois outros ministros, mas ainda não obteve resposta.
Atualmente, ocupa o lugar de Cristina no Legislativo Beatriz Cavassa (PSDB-MS), ex-primeira dama de Corumbá. O suplente de Osmar Terra é Darcísio Perondi (MDB-RS).
Por sua vez, cedem lugar para os ministros exonerados Enéias Reis (PSL-MG), que assumiu a cadeira de Álvaro Antônio, e Marcelo Brum (PSL-RS), suplente de Onyx.
"O senhor presidente entende que a presença deles em plenário há de reforçar a presença do governo em plenário, no sentido que a nova Previdência é essencial para o futuro do nosso país", disse ontem o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
As expectativas para a aprovação da proposta cresceram na última semana. O governo espera que cerca de 330 deputados votem a favor das novas regras para a aposentadoria. Para ser aprovada, é necessário o apoio de 308 parlamentares. O texto deve ser votado em dois turnos na Câmara, antes de seguir para o Senado.
Pesquisa Datafolha publicada hoje mostra que a reforma deixou de ser rejeitada pela maioria dos brasileiros. A parcela da população que apoia a proposta subiu de 41% para 47% entre abril e julho deste ano.
Neste meio tempo, os deputados alteraram a proposta original de Bolsonaro, atenuando alguns pontos mais polêmicos, como tirar do texto da reforma o funcionalismo estadual e municipal.
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