"Se a gente começar a se ofender, não vai longe", diz Haddad sobre Ciro
Fernando Haddad (PT) rebateu ontem à noite as fortes críticas feitas por Ciro Gomes durante entrevista concedida à BBC Brasil, na semana passada.
Na ocasião, o candidato derrotado do PDT ao Planalto em 2018 disse não se arrepender de não ter apoiado o petista nas eleições, e que o considera a consequência de uma "grande fraude".
Questionado sobre o assunto, Fernando Haddad tentou minimizar as críticas do rival afirmando que "se a gente começar a se ofender, a gente não vai longe".
"Em relação à observação que o Ciro fez, eu sou testemunha viva de que o Lula duvidava que a sua candidatura fosse ser cassada. Então, eu estou falando porque eu convivi com Lula no momento mais difícil de sua vida e sei o quanto foi difícil para ele se deparar com o cenário em que ele não participaria da eleição. O que eu propus a interlocutores de Ciro Gomes foi que Ciro deveria aceitar ser vice de Lula e, eventualmente, em caso de impedimento, que ele encabeçasse a chapa. Eu cheguei a sondá-lo sobre essa possibilidade, o que foi peremptoriamente descartada. Então, eu acho que se a gente começar a se ofender, nós não vamos longe. Nós estamos com um desafio enorme pela frente, que é superar o drama do governo do Bolsonaro", disse ele, em entrevista à rádio CBN.
"Eu acho que o Ciro tem toda a condição de ser candidato a presidente. Ele já foi por três vezes, pode ser uma quarta vez também. Eu acho que ele tem uma contribuição importante para o país, ele tem uma mensagem que é legítima, mas nós estamos falando sobre a história do Brasil. Então, precisamos ser muito criteriosos em relação a ela", completou.
Mágoa antiga
Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", em 2018, Ciro Gomes disse ter se sentido "insultado" quando recebeu convite de Lula para ser vice de Haddad nas eleições do ano passado. (Leia a entrevista, na íntegra, clicando aqui)
"Por que o senhor não aceitou ser candidato a vice-presidente de Lula? Porque isso é uma fraude. Para essa fraude, fui convidado a praticá-la. Esses fanáticos do PT não sabem, mas o Lula, em momento de vacilação, me chamou para cumprir esse papelão que o Haddad cumpriu. E não aceitei. Me considerei insultado", protestou.
Ele também se considerou "miseravelmente traído" por Lula.
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