Vice-líder do PSL defende Eduardo Bolsonaro: "Ele falou na condicional"
"Ele não fez uma ameaça, ele falou na condicional". Assim o vice-líder do PSL na Câmara, Bibo Nunes (RS), defendeu o colega de partido Eduardo Bolsonaro (SP) no caso da polêmica declaração em que ele sugere a volta do AI-5 em caso de "radicalização da esquerda".
Para Nunes, Eduardo, líder do partido na Câmara, está passando por um "momento difícil" devido à repercussão da reportagem da "TV Globo" que narra que o seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), foi citado na investigação do caso Marielle.
"Ele colocou na condicional. E, muitas vezes, é a maneira de falar. Olha, se acontecer isso, tanta radicalização... Olha o que está passando a família. Olha o que aconteceu no caso do porteiro. Nunca vi um jornalismo assim, que diz, olha, ele está na casa, e, na mesma matéria, diz que ele não está na casa."
"Olha o que a família Bolsonaro está sendo atacada injustamente. E o melhor: está ganhando mais respaldo da população. Quem é do Bolsonaro está se revoltando com esse tipo de coisa."
Nunes disse considerar que a fala de Eduardo é "extrema", mas se contradisse ao tentar defender o líder do PSL: "Ninguém falou em retomada do AI-5. Não existe retomada do AI-5 falada. Ninguém afirmou isso. Ninguém afirmou a volta do AI-5. Foi apenas uma condicional. É bom parar de achar tanto pelo em ovo."
O parlamentar gaúcho se definiu como um democrata, preocupado com o Brasil e declarou que, dentro do PSL, há uma ala radical que ele diz considerar "minoria total". No entanto, Nunes alertou: "toda ação tem uma reação". "Não quer dizer que nós venhamos a trazer um extremismo de volta. A não ser que tenha um extremismo de esquerda, que eu acredito que não vai acontecer.
Ou seja, na avaliação do congressista, uma atitude radical do estado se justificaria caso ocorra um "extremismo de esquerda". Por outro lado, ele diz que não vê ambiente para isso e que não há "tanto extremismo assim" na esquerda. "Eu sou contra a esquerda radicalizar. A esquerda não pode radicalizar. Temos que ter respeito ao país, ao cidadão, aos eleitores."
Questionado sobre o período mais violento e repressivo da ditadura, o do AI-5, o deputado afirmou:
"Aquele momento até usaram porque achavam que era necessário. Mas hoje eu não vejo ambiente e nem onde colocar o AI-5. E acredito que não teremos algo semelhante ao AI-5 porque o povo brasileiro está muito maduro e consciente de que precisamos da democracia".
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