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Hélio Lopes fala de candidatura à Prefeitura do Rio: "Sou um soldado"

Deputado Hélio Lopes "Negão" no programa Pânico - Reprodução
Deputado Hélio Lopes "Negão" no programa Pânico Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL

16/12/2019 15h05

O deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), um dos parlamentares mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro e chamado por ele de "Hélio Negão", assumiu a possibilidade de concorrer à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2020.

Em entrevista no Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, hoje, Hélio disse que, por vontade própria, não entraria na disputa, mas que pode mudar de ideia a pedido do presidente.

"Sou um soldado. Se ele [Bolsonaro] achar que tenho que ser prefeito, eu vou cumprir a missão. Mas acho que fui eleito para a Câmara, estou em fase de aprendizado e é muito importante que apareçam outros nomes", revelou.

Crise no PSL

Na conversa, o parlamentar repercutiu a crise no PSL. Defensor do presidente no racha do partido, Hélio vê os desentendimentos como algo positivo. Isso porque eles separaram os verdadeiros aliados de Bolsonaro daqueles que usaram de sua popularidade para conseguir força política.

"A crise no PSL foi como uma luz que cegou um ambiente escuro. Agora clareou, estamos em fase de depuração. Só defendo que a gratidão não prescreve", expôs.

Amizade com Bolsonaro e racismo

O deputado também falou sobre a amizade décadas que tem com Jair Bolsonaro. Para ele, a relação com o presidente é verdadeira e a narrativa de que ele é usado por Bolsonaro para não transparecer o rótulo de racismo é falsa.

"O Bolsonaro não me escolheu. São 22 anos de amizade. Ele vai na minha casa, frequento a casa dele. Ele me chama de 'Negão', eu chamo de 'Irmão', é tudo espontâneo. Mas a verdade foi aparecer agora porque tentavam colocar nele o rótulo de racista, coisa que ele não é. Muita gente fala do que não tem conhecimento. Nossa amizade só fez transparecer aquilo que é real. Bolsonaro não é racista. Nem homofóbico", defendeu.

Contrário às políticas afirmativas como as cotas raciais, Hélio Lopes argumentou que os mecanismos de meritocracia devem ter mais valor do que políticas de reparação histórica da escravidão: "Vivemos num Brasil da divisão de classes. Do preto contra o branco. Do rico contra o pobre. Aquela narrativa. Eu respeito a opinião de todo mundo, mas quero ter minha opinião respeitada. O negro tem que ter espaço pela competência. Sou negro e meu QI não é inferior ao de ninguém. Sou contra a cota, essa política de vitimização não pega em cima de mim", concluiu.