Topo

Esse conteúdo é antigo

"Maior aliado de Bolsonaro é o Lula", dispara Marco Antonio Villa

Villa na Jovem Pan - Reprodução/Youtube
Villa na Jovem Pan Imagem: Reprodução/Youtube

Colaboração para o UOL

18/12/2019 15h49

O professor e comentarista político Marco Antonio Villa está de volta aos microfones da Rádio Jovem Pan. Antes de retornar ao Jornal da Manhã, em 2020, ele participou hoje do Programa Pânico e fez análises do cenário político brasileiro.

Villa fez uma análise do atual momento politico polarizado entre simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva. Para ele, os dois movimentos de apoio existem um em função do outro. "Falta no Brasil uma qualidade no debate político. Nós já tivemos grandes discursos que não existem mais. (...) E hoje fica essa polarização fruto dessa falta de qualidade. Uma das heranças malditas do PT é o Bolsonarismo. O Bolsonarismo é um produto do PT", afirmou.

De acordo com o professor, Lula é o grande culpado pela ausência de novos líderes políticos no Brasil. Isso porque o ex-presidente teria criado mecanismos para evitar o surgimento de opositores enquanto esteve no poder, mesmo dentro do próprio campo ideológico que defende: "Na esquerda, o grande aliado do Bolsonaro é o Lula. Se não tivesse o Lula, já teriam sido construídas, no plural mesmo, várias outras lideranças de esquerda. O Lula sabe que não vai poder ser candidato. E não tem uma alternativa de liderança", concluiu.

Eleições 2022

Crítico contundente de Jair Bolsonaro, Villa afirmou que o presidente adiantou a campanha eleitoral de 2022. E que o principal adversário para ele na corrida pela reeleição é o Ministro da Justiça, Sérgio Moro: "Nunca uma campanha eleitoral foi tão antecipada como a de 2022. E foi antecipada porque o Bolsonaro antecipou. Três anos antes. Isso não é algo bom. Ele já trocou de vice várias vezes. Chutou o Mourão, depois disse que é o Moro. [...] Ele percebeu que Moro é muito mais popular que ele. Aí ele quis trazê-lo para ser candidato a vice. Na verdade, o Moro não é candidato a vice, o Moro é candidato a presidente", afirmou.

O comentarista disse ainda que a estratégia de Bolsonaro para evitar a concorrência de Moro já está traçada: "Nomeando o Moro para o Supremo Tribunal Federal ele se livra. Aí vai dizer 'o povo não queria o Moro no Supremo?' Ai ele se livra no adversário. Porque o Moro é mais amplo e tem simpatia até do centro", avaliou.