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Onyx faz discurso de apoio a Bolsonaro em coletiva ao lado de Mandetta

Do UOL, em São Paulo

14/04/2020 17h36Atualizada em 14/04/2020 21h08

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, fez um discurso elogioso hoje ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante entrevista coletiva do Governo Federal a respeito da pandemia do novo coronavírus.

Curiosamente, Lorenzoni estava sendo próximo ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Dois dias antes, em entrevista ao programa "Fantástico", da Rede Globo, Mandetta pressionou o presidente, cobrando "fala única" e o "fim da dubiedade" nos discursos de combate à covid-19.

Além disso, na última semana, a CNN Brasil registrou uma conversa entre Onyx e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), com duras críticas ao posicionamento de Mandetta durante a pandemia. "Ele não tem compromisso com nada que o Bolsonaro está fazendo", disse Onyx na ocasião.

"O presidente Bolsonaro, de maneira corajosa, como comandante da nossa nação, faz um posicionamento de equilibrar os cuidados e as prevenções na área da saúde com as questões de sobrevivência econômica. Todos nós sabemos o Brasil que nós herdamos. Todo o Brasil sabe quem era o Brasil em janeiro de 2019. Era um país sem confiança interna, para onde o mundo todo olhava com desconfiança", disse Lorenzoni.

"O que foi feito no ano de 2019 foi a recuperação do Brasil: um ministério técnico, com autonomia e independência. Recuperamos, através das reformas que fizemos (...) a confiança interna. O Brasil voltou a crescer, gerar empregos. Recuperamos a confiança externa."

"Nesse momento em que somos afetados por essa epidemia, é muito importante o posicionamento do presidente Bolsonaro, que, com sensibilidade, mas com olhar para todos, não apenas no presente, mas no futuro, equilibra os cuidados, os investimentos, as condições financeiras para que a saúde brasileira possa responder através do exército de enfermeiros, médicos, atendentes, possa enfrentar o desafio da covid-19", acrescentou Onyx.

Ao longo de seu pronunciamento, Onyx adotou uma posição semelhante à do presidente, cobrando prefeitos e governadores em busca de mais atividade econômica.

"Por outro lado, corretamente, (Bolsonaro) chama a atenção do Brasil, chama a atenção de prefeitos e governadores, de que o Brasil também precisa olhar para o espectro e a onda da fome, da miséria e do desemprego", disse o ministro. "Cada um de nós aqui sabe, e cada gestor público também sabe, o quanto isso é complexo, o quanto isso é difícil. A busca do equilíbrio, da racionalidade, é fundamental no atual momento."

O titular do ministério da Cidadania também lembrou que sua pasta, com a Caixa Econômica Federal e a DataPrev, deveriam iniciar "um programa de auxílio emergencial para dar condições para que as famílias brasileiras, as mais vulneráveis, possam enfrentar da melhor maneira possível esse momento difícil". Ainda assim, reforçou a cobrança a prefeitos e governadores.

"É importante a todos nós como sociedade, particularmente os gestores municipais, refletir até onde o Brasil enfrenta essa enfermidade e até onde vai o processo em que mais de 4,3 mil cidades brasileiras estão a milhares de quilômetros de um caso de coronavírus, e elas estão sem atividade econômica."

No pronunciamento, Onyx deixou claro que a posição foi tomada "em caráter pessoal", após reflexão pessoal. E reforçou seu "apoio incondicional" a Bolsonaro na tomada de decisões.

"Me sinto no dever de fazer esse alerta, quer como parlamentar licenciado, quer como ministro de Estado, porque acredito que é chegada a hora de fazer uma reflexão sem paixão. Apenas a paixão pelo povo brasileiro, a paixão de servir à sociedade brasileira, e garantir que tenhamos presente, mas tenhamos futuro. E o futuro não pode ser de miséria, de fome, de desemprego", declarou.

"Aqui, quero deixar registrada essa minha posição, depois de muito refletir. E trago aqui meu apoio incondicional ao presidente Jair Bolsonaro na sua condição de líder da nação, de buscar fazer esse equilíbrio. Sei que é difícil, que é complexo, mas temos que buscar — não apenas o presidente. Cada gestor de cada cidade, cada governador, tem que participar desse esforço", acrescentou.