Maia provoca Weintraub: Será que compliance do Banco Mundial já viu?
Do UOL, em São Paulo
16/07/2020 14h00
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adotou um estilo provocativo hoje para responder com ironia a uma publicação do ex-ministro Abraham Weintraub. O ex-titular do MEC (Ministério da Educação) segue com situação indefinida sobre sua indicação pelo governo brasileiro a um cargo no Banco Mundial.
"Será que o compliance do Banco Mundial já viu esse tuíte?", escreveu Maia no Twitter, em resposta a um post do ex-ministro.
O termo compliance se tornou comum recentemente em grandes empresas e instituições, inclusive no Brasil, para resumir um tipo de manual de conduta desejado pelo empregador ou a direção da empresa para seus profissionais.
Weintraub havia feito uma brincadeira com uma imagem que mostra ele vestido como o Homem de Ferro, personagem dos quadrinhos que ganhou vida nos cinemas. Na foto Weintraub é chamado de Ministro de Ferro.
"Estão analisando a viabilidade do brinquedo. Evita que seu filho vire comunistinha de cabelo roxo e piercing no mamilo", publicou o ex-ministro junto com a imagem.
Essa não foi a primeira vez que Maia provocou Weintraub sobre sua indicação à direção-executiva do Banco Mundial. Há cerca de um mês, quando o ex-ministro havia acabado de anunciar sua saída do MEC, o presidente da Câmara criticou sua carreira anterior como economista.
"Não sabem que ele trabalhou no Banco Votorantim, que quebrou em 2009", afirmou Maia na oportunidade.
Saída polêmica
Weintraub deixou o país no último dia 20 de junho rumo aos Estados Unidos em uma viagem controversa, já que o país tinha restrições à entrada de estrangeiros por conta da pandemia do coronavírus. Já em solo norte-americano, agradeceu aos que o ajudaram e chegar em segurança.
A data da sua exoneração chegou a ser retificada no Diário Oficial da União (DOU) após a viagem, o que dá força à tese de que o ex-ministro pode ter conseguido entrar nos Estados Unidos ainda na condição de integrante do governo, o que permitiria sua mudança.
No Banco Mundial, a indicação de Weintraub não foi bem recebida e chegou a gerar uma carta da associação de empregados à comissão de ética da instituição para tentar evitar que o ex-ministro assuma o cargo.