Justiça nega suspender indicação de Weintraub ao Banco Mundial
O juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, negou hoje pedido do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) para suspender indicação do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub ao Banco Mundial. Na sentença, o juiz alegou entre outros pontos que "patrulhamento ideológico não é papel do Poder Judiciário".
"Cuida-se de mais uma Ação Popular de cunho partidário e ideológico visando envolver o Poder Judiciário na lawfare empreendida no universo político partidário. O autor sustenta suas alegações em notícias de jornais e na própria indignação contra atos e agentes do Poder Executivo", diz o juiz Itagiba, em um trecho do documento.
"O autor [Ivan Valente] não apontou fato concreto, específico. O que pretende, na verdade, é que, por ordem judicial, seja alterada a política de atuação de órgão do Poder Executivo. Patrulhamento ideológico não é papel do Poder Judiciário", acrescentou.
Abraham Weintraub deixou o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) no dia 18 de junho. O anúncio foi feito em vídeo ao lado do presidente e publicado nas redes sociais.
Poucos dias depois, dia 22, o ministro desembarcou nos Estados Unidos, em condições ainda não esclarecidas já que o país norte-americano está com restrições de entrada de brasileiros por conta do coronavírus. Ele fez uma postagem agradecendo aos que o ajudaram a "chegar em segurança".
A indicação de Abraham Weintraub para a direção-executiva do Banco Mundial feita pelo governo brasileiro teria deixado vários funcionários da instituição revoltados.
A plataforma Sonar, do jornal O Globo, teve acesso a algumas mensagens de uma rede interna que mostram duras críticas ao ex-ministro da Educação. Os diálogos, expostos anonimamente, foram trocados há cerca de duas semanas.
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