Lula chega ao 1º de Maio como protótipo de teflon às avessas
Há o que celebrar no Dia do Trabalhador. Segundo o cadastro geral de empregados e desempregados, foram criados 719 mil empregos com carteira assinada nos primeiros três meses do ano —33,9% a mais do que no primeiro trimestre de 2023.
O IBGE informou na véspera que a taxa de desemprego foi a menor num primeiro trimestre em dez anos (7,9%). Os salários mínimo e médio crescem acima da inflação. Quase tudo melhora, exceto a popularidade de Lula e do governo.
De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, a linha da aprovação do governo Lula, em viés de baixa, empatou tecnicamente com o traço da rejeição: 35% a 33%.
Lula tenta despiorar sua situação tocando os bumbos da lei da igualdade salarial entre homens e mulheres, um direito ainda restrito ao papel; da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, um compromisso de gogó; e da regulamentação do trabalho por aplicativo, um projeto mal recebido por congressistas e por motoristas uberizados.
Na culinária, o teflon revelou-se um material utilíssimo. Evita que restos de comida grudem no fundo da panela. Na política, um governante com estilo teflon cuida para que nenhum problema cole na sua imagem. Com Lula 3 ocorre algo diferente.
O presidente que nasceu dentro dos sindicatos chega ao Dia do Trabalhador com a pele antiaderente às boas novidades surgidas no mundo do trabalho. Com a popularidade em declínio, Lula virou um protótipo de teflon às avessas. O que é bom não lhe gruda.
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