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Funcionários do Banco Mundial chamam Weintraub de fugitivo, diz jornal

Recentes polêmicas envolvendo o ex-ministro da Educação foram criticadas por empregados do Banco Mundial - ADRIANO MACHADO
Recentes polêmicas envolvendo o ex-ministro da Educação foram criticadas por empregados do Banco Mundial Imagem: ADRIANO MACHADO

Do UOL, em São Paulo

26/06/2020 10h12

A indicação de Abraham Weintraub para a direção-executiva do Banco Mundial feita pelo governo deixou vários funcionários da instituição revoltados.

A plataforma Sonar, do jornal O Globo, teve acesso a algumas mensagens de uma rede interna que mostram duras críticas ao ex-ministro da Educação. Os diálogos, expostos anonimamente, foram trocados nesta semana.

As afirmações do ministro sobre o STF (Supremo Tribunal Federal) e sobre a posição da China diante da pandemia de coronavírus, além da maneira com que ele deixou o Brasil rumo aos EUA, são os principais focos de reclamação.

"Não há outro lugar para Weintraub que não seja a cadeia. Ele é um fugitivo e o Banco Mundial não pode ser um refúgio para fanatismo, intolerância e racismo", escreveu um funcionário.

O comentário foi repercutido por outra pessoa. "Que mensagem o Banco Mundial estará emitindo, quando se fala em valores, ética e integridade, ao aceitar alguém que escapou de uma investigação da Suprema Corte em seu país natal?".

Em outra mensagem, um funcionário defende que o Brasil se responsabilize financeiramente com a indicação. "Caso o governo brasileiro deseje manter a nomeação, deveria pagar o salário e benefícios dele. Não nós!", disse.

Por fim, uma outra pessoa cita que a credibilidade do Banco Mundial está sob suspeita com Weintraub em seu quadro.

"É uma grande vergonha para a nossa organização e um insulto para todo mundo que está trabalhando duro para um mundo melhor", afirmou.