Doria elogia fase de Bolsonaro: 'Com ele quieto, Brasil fica mais calmo'
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), elogiou a postura adotada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas últimas semanas. De acordo com o tucano, ao assumir uma posição pública menos polêmica, sem ataques diretos a adversários, às instituições e sem minimizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus, o chefe do executivo federal contribui para o país.
"Essa nova fase do Bolsonaro, menos polêmica, é saudável para o Brasil. Com ele quieto, o Brasil fica mais calmo e consegue debater e ter o foco na pandemia. É melhor para o Brasil o presidente mais quieto, mais sossegado, menos criador de situações indesejáveis. Se ele continuar assim, é bom para o Brasil", disse Doria em entrevista hoje ao Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan.
Entretanto, na conversa, houve momentos em que o governador tentou traçar comparações entre sua gestão e a de Bolsonaro, buscando um afastamento.
"Lá atrás tomei a decisão de me afastar [de Bolsonaro] e ter o comportamento que temos adotado aqui em São Paulo. Um governo liberal na economia, que respeita os direitos humanos e a democracia. Nunca afrontamos e nem apoiamos nenhum afrontamento à democracia, condenamos fake news, não temos Gabinete do Ódio em São Paulo e sabemos dialogar", comentou, referindo-se à participação do presidente em manifestações consideradas antidemocráticas e à suposta existência do Gabinete do Ódio no governo federal, responsável por disseminar notícias falsas e atacar adversários do bolsonarismo.
Relação com Paulo Guedes
Doria também falou sobre sua relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele revelou que os dois possuem uma convivência de décadas e que conversam diariamente sobre os rumos da economia no país.
Além disso, o governador acredita que uma possível saída de Guedes do governo seria altamente prejudicial para o Brasil e colocaria em risco o próprio mandato de Bolsonaro: "Tenho torcido por ele porque, neste momento, ele é fundamental. É o garantidor do teto de gastos. Não fosse o Paulo Guedes segurando e determinando que é preciso manter o teto de gastos, provavelmente o presidente Bolsonaro já teria rompido esse teto e feito aquilo que fez Dilma Rousseff e que a levou ao impeachment", analisou.
"O Brasil não pode ficar emitindo dinheiro e ficar assumindo uma despesa que não tem recursos, condição e respaldo para pagar. E o ministro Paulo Guedes tem tido cuidado e zelo de manter o teto de gastos. E ele está certo", concluiu Doria.
A discussão sobre o teto de gastos foi uma das mais levantadas em Brasília nos últimos dias. Governo federal e Congresso discutem formas de alocar o orçamento público sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, após um grande impacto nos cofres causado pela pandemia do novo coronavírus. A equipe econômica, liderada por Guedes, tenta viabilizar ações como a liberação de R$ 5 bilhões para obras públicas.
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