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Rifada pelo MDB, Tebet diz que fica no partido se encontrar 'identidade'

Não dá para permanecer num partido que já não tem a mesma identidade ideológica e de pensamento de país, disse Tebet - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Não dá para permanecer num partido que já não tem a mesma identidade ideológica e de pensamento de país, disse Tebet Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

10/02/2021 16h16

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), derrotada na eleição para a Presidência do Senado, disse que vai conversar com o presidente do partido, o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), sobre sua permanência na sigla.

"Eu vou ter uma conversa com o presidente Baleia Rossi. Não tive [ainda], vou ter pós-Carnaval, para saber, inclusive, qual é o rumo do MDB. O MDB, nesse cenário de crise, diante dessa situação, qual é o seu papel?", afirmou em entrevista para a rádio Jovem Pan.

"Se eu ainda encontrar uma identidade no partido, eu permaneço no MDB. Do contrário, obviamente, não dá para permanecer num partido que já não tem a mesma identidade não só ideológica, mas de pensamento de país", concluiu.

Preterida pelo MDB ao se candidatar no Senado, Tebet, segundo aliados, está aborrecida com o partido e já foi sondada pelo Podemos e pelo Cidadania. Até mesmo seu marido, o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB-MS), defende que ela saia da sigla assim que possível.

Filha de Ramez Tebet (1936-2006), figura histórica do MDB e ex-presidente do Senado (2001-2003), Tebet disse à Jovem Pan que o MDB em que ela acredita é o de Ulysses Guimarães (1916-1992), prezando pelo centrismo da sigla.

"É o MDB que nos momentos de maiores crises sempre teve uma ponte de equilíbrio e é capaz de abrigar, como maior partido de centro do Brasil, com uma capilaridade muito grande, as diversas correntes ideológicas [que eu acredito]", afirmou. Ulysses era o presidente da Assembleia Nacional Constituinte em 1988, quando foi promulgada a Constituição.

Para Tebet, uma questão necessária a ser respondida não é sobre o que o MDB pensa para as eleições de 2022, e sim para o presente. "O que nós queremos para o Brasil?", indagou.