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Rifada pelo partido,Tebet é sondada por outras siglas e decide até março

01. fev. 2021 - Simone Tebet (MDB-MS) discursa na tribuna antes da eleição à Presidência do Senado - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
01. fev. 2021 - Simone Tebet (MDB-MS) discursa na tribuna antes da eleição à Presidência do Senado Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

06/02/2021 04h00

Preterida pela segunda vez pelo MDB ao se candidatar à Presidência do Senado, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) está aborrecida com o partido e estuda deixar a sigla, afirmam aliados dela ouvidos sob reserva pelo UOL.

A senadora foi sondada pelo Podemos e pelo Cidadania para que se filie. No entanto, diz ter compromissos regionais até março, quando decidirá o futuro. Segundo um parlamentar próximo a Simone, seu marido e deputado estadual no Mato Grosso do Sul, Eduardo Rocha (MDB), defende que ela saia da sigla assim que puder.

Embora sempre tenha sido filiada ao MDB e tenha como inspiração o partido da época de Ulysses Guimarães, Pedro Simon e de seu pai, Ramez Tebet, do antigo "grupo dos autênticos", Simone não se sente mais tão apegada à sigla, de acordo com aliados. Ela terá uma reunião com o presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), derrotado na disputa pela Presidência da Câmara, nos próximos dias.

"Para manter a cabeça erguida, ela deve seguir o trabalho. Mas acho que tem uma dívida com o eleitorado que aprendeu a respeitá-la pela postura ética e pelas boas causas. E essa dívida será paga com ela saindo do MDB imediatamente", defendeu o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

Antes de bater o martelo se muda ou não de partido, Simone Tebet terá que decidir a que cargo concorrerá em 2022, quando expira seu mandato de senadora. Se for tentar a reeleição, corre o risco de disputar contra fortes candidatos: a atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o atual governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Outra possibilidade é que ela repita a dobradinha de 2010 como candidata a vice-governadora na chapa de André Puccinelli. Ou até encabece a chapa.