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Carlos Bolsonaro nega intervenção em compra de aparelho espião

Do UOL, em São Paulo

19/05/2021 14h22

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) negou, em mensagem no Twitter, que tenha interferido na compra de um aparelho espião pelo governo federal.

Hoje, o UOL revelou a interferência do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma licitação que poderá contratar um poderoso sistema de espionagem conhecido como Pegasus. A ferramenta foi desenvolvida pela empresa israelense NSO Group.

Na mensagem, Carlos Bolsonaro usa da ironia para dizer que o único Pegasus que conhece era um personagem do desenho Os Cavaleiros do Zodíaco. "Deve ser isso que confundiram. Agora tudo faz sentido" completou.

Carlos Bolsonaro nega em tuíte intervenção em compra de aparelho espião - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Carlos Bolsonaro nega em tuíte intervenção em compra de aparelho espião
Imagem: Reprodução/Twitter


O edital de licitação do Ministério da justiça de nº 03/21, no valor de R$ 25,4 milhões, previsto para acontecer hoje, tem como objetivo a contratação do avançado programa de espionagem Pegasus, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group e alvo de escândalos ao redor do mundo.

O programa Pegasus já foi usado para espionar celulares e computadores de jornalistas e críticos de governos. Por exemplo, em junho de 2017, o jornal The New York Times revelou que o software estava sendo usado pelo governo do México, ainda sob a gestão de Enrique Peña Nieto, para espionar ativistas contrários à sua gestão.

Fontes ouvidas pelo UOL informaram que o objetivo final de Carlos Bolsonaro é usar as estruturas do Ministério da Justiça e da PF (Polícia Federal) para expandir a chamada 'Abin paralela'.