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Bolsonaro segue protocolo de saúde na posse do novo presidente do Equador

Bolsonaro na cerimônia de posse do presidente do Equador, Guillermo Lasso - Anderson Riedel/Presidência da Repúbçoca
Bolsonaro na cerimônia de posse do presidente do Equador, Guillermo Lasso Imagem: Anderson Riedel/Presidência da Repúbçoca

Lucas Valença, Rayanne Albuquerque e Rai Aquino

Do UOL, em Brasília e em São Paulo, e colaboração para o UOL no Rio

24/05/2021 07h59Atualizada em 24/05/2021 14h51

Durante toda a posse do presidente eleito do Equador, Guillermo Lasso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seguiu os protocolos sanitários do país e manteve o uso da máscara de proteção individual.

A atitude do representante brasileiro contrasta com a aglomeração causada pela manifestação de motocicletas ontem, que contou com a presença de Bolsonaro que não usou o equipamento de proteção individual ao subir no carro de som na capital do Rio de Janeiro.

Ao discursar, o Guillermo Lasso ressaltou a importância da redemocratização do país e afirmou que só há uma resposta ao autoritarismo, que é a democracia.

"Democracia e mais democracia. Juntos, todos, decidimos acabar com o mal diante da abundância do bem. Esse caminho equatoriano é o caminho correto", disse.

Bolsonaro e o filho Eduardo Bolsonaro - Alan Santos/Presidência da República - Alan Santos/Presidência da República
Bolsonaro e o filho Eduardo Bolsonaro na cerimônia de posse do presidente do Equador, Guillermo Lasso
Imagem: Alan Santos/Presidência da República

O novo presidente equatoriano também disse que "acabou a perseguição política" no país amazônico e que o novo governo fará uma gestão sem privilegiar nenhum setor econômico.

"Um país com enormes desigualdades entre o mundo rural e urbano. Um país que falhou com a educação e criação de oportunidades à juventude. Que mantém os cidadãos no esquecimento, onde ser uma mulher, não é somente um fator, como um perigo existencial", ressaltou ao defender uma maior igualdade social.

Mais cedo, o "filho 03" do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), afirmou que conversou com autoridades da diplomacia equatoriana para "manifestar a importância de que eventuais futuros acordos comerciais não venham recheados de matérias estranhas ('jabutis')".

Segundo uma postagem do filho no Twitter, durante a cerimônia de posse, Jair Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para conversar com o rei da Espanha, Felipe VI.

Primeira viagem internacional desde o início da pandemia

A ida ao Equador é a primeira viagem internacional realizada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde o início da pandemia. De máscara, Bolsonaro desembarcou no Aeroporto Internacional de Quito, na noite de ontem.

O presidente foi ao Equador com uma comitiva que tem, dentre outras pessoas, o filho deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Em suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro postou uma foto da comitiva, sem o presidente, com todos de máscara.

"Já em Quito, reunião com autoridades do MRE (Ministério das Relações Exteriores) do Equador. Manifestei a importância de que eventuais futuros acordos comerciais não venham recheados com matérias estranhas ("jabutis") como, por exemplo, ideologia de gênero, pois isso atrai resistência à sua aprovação Congresso", postou o filho do presidente.

Bolsonaro foi ao Equador depois de participar de um passeio de moto pelas ruas do Rio de Janeiro, onde causou aglomeração de apoiadores, principalmente em um ato realizado no Aterro do Flamengo, na zona sul da capital fluminense.

Sem máscara, o presidente não seguiu a recomendação de especialistas que apontam o distanciamento social como forma mais eficaz de evitar a disseminação do novo coronavírus. Bolsonaro também descumpriu a determinação da Prefeitura do Rio e do governo do estado sobre o uso obrigatório de máscara em áreas públicas.

Quando a comitiva estava a caminho de Quito, Eduardo Bolsonaro compartilhou em suas redes uma foto do grupo. Na imagem, todos aparecem sem máscara.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.