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Governo se comporta como cavalo do bêbado, diz Renan sobre Bolsonaro no Rio

223.mai.2021 - Jair Bolsonaro discursa em ato a seu favor no Rio de Janeiro após passeio de moto pelas ruas da cidade - JORGE HELY/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
223.mai.2021 - Jair Bolsonaro discursa em ato a seu favor no Rio de Janeiro após passeio de moto pelas ruas da cidade Imagem: JORGE HELY/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

24/05/2021 07h56Atualizada em 24/05/2021 13h51

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por participarem sem máscara de uma aglomeração ontem, durante ato com motociclistas no Rio de Janeiro.

Em publicação no Twitter na noite de ontem, Calheiros lembrou que enquanto o presidente e o ex-ministro "espalham o vírus no Rio", o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, entregava 600 mil testes de covid-19 no Maranhão e anunciava mais vacinas para o estado, o primeiro a identificar casos da cepa indiana no país.

"Ministro vai ao Maranhão levar testes de covid enquanto o presidente, que já tinha aglomerado maranhenses, espalha vírus no Rio com Pazuello, um mentiroso assumido. Pessoas morrem e o governo se comporta como o cavalo do bêbado, que marcha para todo lado ao mesmo tempo", escreveu o relator da CPI da Covid.

Em outro tuíte, o senador innclui o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PSC), no rol de críticas ao evento de ontem. "A procissão no Rio em louvor ao vírus é declaração de guerra ao SUS. O governador terá que explicar a molecagem com dinheiro público. Pazuello pisoteia disciplina e hierarquia e ri a céu aberto. A CPI terá muito assunto", escreveu.

Passeio de moto termina em discurso

Ontem, Bolsonaro participou de um passeio com motociclistas no Rio que terminou com um discurso em que atacou governadores e prefeitos que decretaram restrições devido à pandemia do novo coronavírus.

O ato percorreu da zona oeste até o Aterro do Flamengo, na zona sul da cidade, onde o presidente encontrou com o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Ambos não utilizavam máscara.

A passagem de Bolsonaro pelo Rio de Janeiro foi marcada por aglomerações. Depois de descer do helicóptero, o presidente cumprimentou apoiadores, que, na maioria, também estavam sem máscara.

O evento aconteceu em um momento em que o próprio governo recebe alertas para uma nova onda de casos de covid-19, que especialistas avaliam como ainda pior, e a média móvel de mortes pela doença parou de cair.