A apoiadores na frente do Palácio do Alvorada o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou as manifestações contra o governo que reuniram milhares de pessoas no sábado (29) em 22 estados e no Distrito Federal e afirmou que o movimento "teve pouca gente" por falta de maconha.
"Sabe por que teve pouca gente nessa manifestação da esquerda neste fim de semana? Porque a PF [Polícia Federal] e a PRF [Polícia Rodoviária Federal] estão apreendendo muita maconha pelo Brasil. Faltou erva para o movimento", disse.
Segundo os organizadores, os atos ontem ocorreram em 213 cidades no Brasil e 14 cidades no exterior, com a presença de mais de 420 mil pessoas.
Arrancando risadas de apoiadores, Bolsonaro também criticou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, que subiu em um trio elétrico em Brasília e chamou o presidente de "fascista".
"Nesta manifestação do PT, o Kakay estava falando contra mim, sinal de que estamos no caminho certo", disse.
Cidades têm atos contra o governo Bolsonaro
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O ato contra o governo Bolsonaro bloqueou no final da tarde de hoje os dois sentidos da avenida Paulista
Dacau, em São Paulo 2 / 41
Depois da concentração perto da Prefeitura de Porto Alegre, manifestantes passaram pela Avenida Borges de Medeiros e Rua Riachuelo. Um carro de som acompanha o grupo que empunha bandeiras de movimentos sociais e LGBTQI+
Hygino Vasconcellos / UOL 3 / 41
Depois da concentração perto da prefeitura de Porto Alegre, manifestantes passaram pela Avenida Borges de Medeiros e Rua Riachuelo. Um carro de som acompanha o grupo que empunha bandeiras de movimentos sociais e LGBTQI+
Hygino Vasconcellos / UOL 4 / 41
A concentração do ato em Porto Alegre ocorre nas proximidades da prefeitura. Os manifestantes pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro e a distribuição de mais vacinas
Hygino Vasconcellos / UOL 5 / 41
A concentração do ato em Porto Alegre ocorre nas proximidades da prefeitura. Os manifestantes pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro e a distribuição de mais vacinas. Um carro de som acompanha o grupo que empunha bandeiras de movimentos sociais e LGTQI+.
Hygino Vasconcellos / UOL 6 / 41
A concentração do ato em Porto Alegre ocorre nas proximidades da prefeitura. Os manifestantes pedem a saída do presidente Jair Bolsonaro e a distribuição de mais vacinas. Um carro de som acompanha o grupo que empunha bandeiras de movimentos sociais e LGTQI+
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Polícia tenta dispersar manifestantes do protesto no Recife usando balas de borracha. Uma vereadora foi ataca com spray de pimenta no rosto
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Manifestantes se reúnem no Largo da Alfândega, em Florianópolis, e saem em passeata e carreta pelas ruas da cidade para protestar contra o governo Bolsonaro
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Manifestantes na Praça da Estação, em Belo Horizonte, perto do fim do protesto contra o governo Bolsonaro. Atos foram realizados em diversas cidades do país
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Manifestantes se reúnem em frente ao Monumento Zumbi dos Palmares, no Rio de Janeiro, com faixas contra o governo Bolsonaro. O ato pede a saída do presidente e critica a condução do governo no enfrentamento à pandemia de covid-19
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Josimar Aquino, coordenador estadual do MST-MG, diz que o ato em Belo Horizonte é uma forma de repúdio "pelas mortes por covid-19 no Brasil e pelo desemprego"
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Manifestantes respeitam o distanciamento social no protesto em Brasília
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Em Brasília, organização do ato distribuiu faixas no gramado em frente ao Congresso para estabelecer distanciamento entre os manifestantes
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Em Belo Horizonte, o uso de máscara acontece, mas isolamento social entre os manifestantes não foi totalmente respeitado
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Manifestantes se concentram em parte da avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, para o início do ato contra o governo Bolsonaro, convocado para hoje por organizações de esquerda em diversas cidades do país
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Organização de ato em Brasília distribui adesivos contra Bolsonaro e máscaras PFF2 aos participantes
Leia mais Rafael Neves/UOL Ao atacar o advogado, o presidente também desferiu uma crítica ao STF (Supremo Tribunal Federal) que, mesmo com todas as liturgias do Judiciário, permitiu que o defensor fosse fotografado de bermuda nos corredores da Corte.
"Aquele que entra de bermuda em qualquer lugar, mas que na presidência ele não entra", afirmou.
Após deixar falar com os apoiadores, o presidente foi ao Palácio do Planalto onde participou, por videoconferência, do Fórum de Investimentos Brasil 2021. No evento, Bolsonaro se solidarizou com as famílias das vítimas do novo coronavírus, mas disse enxergar uma 'evolução positiva' da pandemia.
"Manifesto meu pesar às famílias das vítimas. [Mas] Diante dos naturais desafios que o país vem enfrentando, há evolução positiva. O Brasil já aplicou mais de 65 milhões de doses de vacinas", enfatizou.
Entre sábado e domingo, o Brasil registrou 950 mortes decorrentes da covid-19 e já totaliza mais de 462 mil mortes por conta da doença, conforme dados levantados pelo consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte.
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