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CPI da Covid aprova convocação do ex-ministro Osmar Terra

O ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra - Pedro Ladeira/Folhapress
O ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Lucas Valença

Do UOL, em Brasília

09/06/2021 11h14Atualizada em 09/06/2021 18h14

A maioria dos senadores da CPI da Covid aprovou hoje a convocação do deputado e ex-ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB-RS). A data do depoimento, porém, ainda não foi definida.

A pedido do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), a votação da quebra de sigilos de governistas, como a do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, foi adiada para amanhã.

Os requerimentos de convocação de Osmar Terra foram lidos pelo relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), e aprovados pelos senadores do chamado G-7, grupo que compõe maioria na CPI, formado por parlamentares da oposição e os considerados independentes.

Os senadores querem saber do ex-ministro como funcionava o chamado "gabinete paralelo" da saúde que aconselhava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com relação à pandemia do coronavírus.

Outros nomes também foram convocados pelo colegiado, como o do secretário de Comunicação Institucional do governo, Felipe Cruz Pedri, e o do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo, que chegou a ser preso na operação "Falso Negativo".

A CPI decidiu avaliar os requerimentos antes do depoimento do coronel Antônio Elcio Franco Filho, número dois do Ministério da Saúde durante da gestão de Eduardo Pazuello.

O depoimento do militar, que acontece hoje, estava inicialmente previsto para ocorrer no dia 27 de maio, mas o ex-servidor alegou ter sido contaminado com o novo coronavírus.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.