Mia Khalifa celebra morte de Kissinger dando desconto em seu OnlyFans
A influenciadora, empresária e ex-atriz pornô Mia Khalifa celebrou a morte do ex-secretário de Estado dos Estados Unidos Henry Kissinger, nesta quarta (29), oferecendo 29% de desconto em sua conta no OnlyFans para quem usar o código promocional "ByeBitch" - "Adeus, Vadia", em português.
"Bom dia a todos, exceto Henry Kissinger. Porque ele finalmente está morto", postou em seguida.
Por que isso importa? Tendo se aposentado da produção de filmes pornôs há oito anos e sendo proprietária de uma marca de joias, a libanesa Sarah Joe Chamoun (seu nome real) vem sendo bastante ativa em temas políticos. E tem cacife para tanto: possui 27,3 milhões de seguidores no Instagram e 5,7 milhões no X/Twitter.
Conhecida apoiadora do direito palestino a um Estado próprio e crítica das violações em direitos humanos sofridas pela população nos territórios de Gaza e da Cisjordânia, ela gerou polêmica ao defender os ataques do Hamas contra Israel. Com isso, perdeu contratos, como o que mantinha seu canal na plataforma online da Playboy.
Desde o início do conflito, ela tem usado o seu peso nas redes sociais para cobrar posicionamento de artistas sobre Gaza. Em 7 de outubro, o ataque do Hamas matou 1.200 pessoas em Israel. Em resposta, bombardeios, cerco e invasão promovidos pelo governo Benjamin Netanyahu mataram mais de 15 mil em Gaza, segundo dados do serviço local de saúde controlado pelo Hamas.
HENRY KISSINGER IS DEAD!! To celebrate this beautiful 29th day of November use promo code: ByeBitch to get 29% off my OF this week pic.twitter.com/qJQlIGK9jV
-- Mia K. (@miakhalifa) November 30, 2023
Kissinger, que faleceu aos 100 anos, ajudou a moldar o mundo como o conhecemos hoje, contribuindo com a vitória dos Estados Unidos na Guerra Fria e na distensão de relações entre o país e a então União Soviética e a China.
Mas também é acusado de ser um criminoso de guerra por conta de seu papel no conflito entre os EUA e o Vietnã, no bombardeio do Camboja pelos EUA, no apoio a guerras na África subsaariana, na ajuda a golpes de Estado e no respaldo a ditaduras açougueiras na América Latina, como na Argentina e no Chile, e na anuência à invasão do Timor Leste pela Indonésia, em 1975, quando foram mortas de 200 a 300 mil pessoas.
O nome de Mia Khalifa se tornou familiar à política brasileira, em 2021, quando foi citada várias vezes na CPI da Covid, em tom de ironia após o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) reproduzir na comissão uma fake news sobre uma suposta conspiração criada para atacar a cloroquina - remédio sem eficácia para a doença que se tornou o xodó do bolsonarismo. Nas redes sociais, a mentira usava a foto de Mia Khalifa, vestida de médica.
A repercussão zerou a internet. A ponto de ela própria entrar na brincadeira, postando uma montagem em que prestava depoimento na CPI.
A woman of the people https://t.co/IJjhHE8cLE pic.twitter.com/Xp4GTJpMKK
-- Mia K. (@miakhalifa) June 9, 2021