Aziz diz que aguarda Wizard na CPI e ameaça com apreensão de passaporte
Do UOL, em São Paulo
16/06/2021 17h17Atualizada em 16/06/2021 17h26
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), contestou a versão dos advogados de Carlos Wizard, que dizem que o empresário está sem passaporte nos Estados Unidos. "Se ele estivesse [sem o documento], não poderia nem entrar nos EUA", afirmou à CNN Brasil.
"Estamos aguardando ele amanhã. Caso ele não venha, aquelas medidas que vínhamos anunciando serão aplicadas a ele", completou o senador amazonense, fazendo referência à possibilidade de condução coercitiva e apreensão de passaporte.
Também à CNN Brasil, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, disse que, já que Carlos Wizard alega não estar em posse do próprio passaporte nos Estados Unidos, resolveu pedir a apreensão do documento do empresário.
"Na situação dele, como ele esta no estrangeiro, a medida que a CPI decidiu tomar foi a apreensão do passaporte dele até que ele possa depor na CPI. Vamos solicitar [o documento] para as autoridades fiscais", disse Randolfe.
Ontem, o empresário entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para não ser obrigado a comparecer à CPI da Covid amanhã, quando tem depoimento à comissão marcado.
Alegando estar, no momento, nos Estados Unidos, Wizard pediu para que, no lugar do depoimento presencial, ocorra uma audiência por videoconferência à CPI da Covid.
O empresário é apontado como um dos membros do "gabinete paralelo", um grupo que teria, fora do Ministério da Saúde, aconselhado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia do novo coronavírus.
O grupo teria atuado em defesa do uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19 e na propagação de teorias como a da imunidade de rebanho.
Hoje, a CPI aprovou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do empresário, enquanto a ministra Rosa Weber, do STF, decidiu manter a quebra dos sigilos telefônico e telemático de Wizard.