Mourão diz que discussão sobre voto impresso é inócua: 'não vejo problema'
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse hoje, na chegada ao seu gabinete, que a discussão sobre a possibilidade de introduzir o voto impresso nas próximas eleições é inócua.
De acordo com a avaliação de Mourão, o sistema com impressão de voto seria uma forma de encerrar dúvidas em relação ao processo eleitoral. Porém, ao contrário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele não citou suspeitas de fraude para justificar sua posição.
"Eu não vejo problema em que haja a impressão do voto, conforme eu já falei aqui para vocês. Igual quando você vai em um banco ali, vai na cooperação e imprime e coloca em uma urna na frente do mesário e pronto. Se alguém tiver dúvida conta aquilo ali. Não vejo problema nisso, acho que é uma discussão que ela está sendo inócua", disse Mourão.
Bolsonaro intensificou nos últimos dias o discurso de, sem qualquer indício, lançar suspeitas sobre o processo eleitoral com urnas eletrônicas, defendendo a adoção de um sistema de voto impresso.
Bolsonaro chegou a dizer, no ano passado, que só não venceu no primeiro turno em 2018 porque teria havido fraudes, mas até hoje ele não apresentou indícios.
Em 21 de junho, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deu 15 dias para que o chefe do Executivo apresentasse provas de suas alegações de irregularidades no sistema eleitoral, mas ele disse que não tem obrigação de apresentar provas.
O movimento de Bolsonaro e seus aliados a favor do voto impresso ocorre em um momento de pressão sobre o Governo, com investigações em curso na CPI da Covid sobre possíveis irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
Pacheco defende urna eletrônica
Com aliados do presidente mobilizados para aprovar no Congresso projetos sobre o voto impresso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu a manutenção do atual sistema eletrônico de votações. Em entrevista à CNN Brasil, o senador declarou que não identifica indícios de fraudes em eleições e que confia na Justiça eleitoral.
"A minha posição é de plena confiança na Justiça eleitoral brasileira. Não identifico indício algum de fraude nos resultados eleitorais do Brasil. Portanto, essa é uma opinião que tenho, que o sistema eleitoral deveria continuar pelo sistema eletrônico. No entanto, como presidente do Senado, devo permitir que as divergências possam coabitar e discutir um resultado que seja eventualmente diferente daquilo que eu prego ou penso", disse.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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