Partido Novo diz apoiar impeachment de Bolsonaro: 'Cometeu diversos crimes'
O Partido Novo comunicou hoje apoiar formalmente o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com uma nota divulgada pela sigla, a decisão ocorreu após "detalhada análise técnica, consultas a juristas, discussões, e ampla reflexão sobre os fatos apresentados e consolidados pela CPI da Pandemia". Entre os principais argumentos para a decisão estão as denúncias de corrupção na aquisição de vacinas e descaso no enfrentamento à pandemia pelo governo federal.
O partido disse ter concluído "de forma inequívoca que o presidente Bolsonaro cometeu diversos crimes de responsabilidade previstos na Lei nº 1.079/50. Dessa forma, o Partido Novo se posiciona a favor da abertura do processo de impeachment do presidente da República Jair Messias Bolsonaro".
Segundo o partido, a pandemia da covid-19 "escancarou a incapacidade do presidente de liderar a nação" e, mesmo com a dificuldade de todos os países no enfrentamento da doença, a crise brasileira foi intensificada pelo descaso, omissão, incompetência e, possivelmente, corrupção do governo federal".
Bolsonaro negou a gravidade da covid-19, boicotou e debochou das medidas básicas, estimulou aglomerações, recomendou remédios sem eficácia comprovada, disseminou desinformação sobre as vacinas e nada fez para conter a pandemia. (...) Os crimes de responsabilidade aqui relatados não contemplam todos os já cometidos por Bolsonaro. O presidente notoriamente atua contra instituições do Estado de Direito, participa com frequência de manifestações antidemocráticas, tenta a todo custo descredibilizar o processo eleitoral - até mesmo as eleições de 2018, quando foi eleito para o atual mandato presidencial. Em diversas declarações, Bolsonaro faltou com o decoro exigido do cargo, mentindo deliberadamente, criando polêmicas com outros Poderes e até com outros países, prejudicando nossas relações institucionais e comerciais."
Nota do Partido Novo
Entre os crimes citados pelo Partido Novo contra o atual mandatário estão: "Omissões e péssimas ações na gestão da pandemia, sobretudo no descaso com a aquisição das vacinas, crimes de responsabilidade" descritos em vários artigos da Constituição Federal.
Além de "fortes indícios de prevaricação em denúncia de esquema de corrupção na compra do imunizante Covaxin, interferências na Polícia Federal, Ministério da Justiça e na ABIN (Agência Brasileira de Inteligência)".
No Twitter, a sigla repostou diversas mensagens de políticos apoiando a decisão formal.
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