'Óbvio que não teve prevaricação', diz Flávio Bolsonaro sobre Covaxin
Após acusações de corrupção na compra da vacina Covaxin e denúncias feitas pelo servidor Luis Ricardo Miranda e pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) negou que houve prevaricação. Em entrevista ao jornal O Globo, o senador afirmou que tudo ocorreu de forma regular no governo do pai, Jair Bolsonaro (sem partido).
Na última semana, foram divulgados documentos apontando que o governo federal adquiriu a Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante Bharat Biotech. Um dia depois, Luis Miranda falou ter denunciado, três meses antes, para Bolsonaro que suspeitava de irregularidades na compra da vacina. Com isso, ele e o irmão Luis Ricardo foram chamados para depor na CPI da Covid, reforçaram as dúvidas sobre o caso da Covaxin e o nome de Ricardo Barros foi citado.
"Óbvio que não teve prevaricação. O presidente informou ao ministro da Saúde (na época, Eduardo Pazuello) o que tinha sido relatado", falou. Segundo Flávio, Pazuello checou por irregularidades e não teria encontrado algo fora da lei. "Nada tinha de materialidade ali (na denúncia)", disse.
Perguntado se há algum documento que possa provar a conversa de Bolsonaro e Pazuello, Flávio acredita que não. O senador afirmou que tratar essas demandas por telefone "acontece muito".
Para o filho do presidente, os depoimentos de Luiz Dominguetti e Luis Miranda não fornecem provas suficientes. "Estou dizendo que, até agora, não tem nada que comprove isso. É uma tentativa de construir uma narrativa, não há fatos concretos", continuou.
Flávio também chamou o relato de Dominguetti de "devaneio" e disse haver expectativa de que o depoente trouxesse alguma evidência, mas Dominguetti se contradisse. "Ele vai ter dificuldade de provar, já que não há provas de nada", apontou.
Na visão do senador, a situação atual não deve causar uma separação entre o governo e o centrão. "Os partidos que são adjetivados de centrão são fundamentais sempre para o país. Representam parcela significativa da população. Quando há pleitos legítimos e republicanos, devem, sim, ser atendidos pelo governo", falou.
Flávio ainda afirmou que "essa é uma tentativa de colocar contra o governo aliados que são importantes para o país". Sobre a suspensão do contrato da Covaxin, o senador disse não enxerga motivos para pausar a compra, mas que a decisão foi política.
"Se não suspendem o contrato, vão acusar o presidente ou o governo de estar levando alguma vantagem ou sendo imprudente de não investigar antes de comprar a vacina", falou.
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