'Querem decidir as coisas no tapetão', diz Bolsonaro em motociata
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na manhã deste sábado (7), que "querem, no tapetão, decidir as coisas no Brasil". Ele ainda mencionou o "voto confiável e contabilizado". As declarações foram feitas em um momento em que a Justiça abriu inquéritos para investigá-lo criminalmente por acusar, sem provas, que houve fraude em eleições passadas e que há riscos graves na segurança das urnas eletrônicas. As urnas são consideradas seguras e nunca houve qualquer comprovação de fraude.
Querem decidir, no tapetão as coisas. Não pode ser dessa maneira. A democracia nasce do voto responsável e contabilizado."
Jair Bolsonaro, presidente
Bolsonaro estava em um carro, chegando para uma "motociata", uma passeata de motos, em Florianópolis. Antes de chegar ao evento, o presidente divulgou em suas redes sociais um vídeo feito pelo empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan. O empresário bolsonarista estava em um avião e acenou para a multidão de motociclistas.
"Nós todos, políticos, autoridades, temos o dever de ouvir nossa população, ter lealdade para com seu povo. Isso é o que queremos, um Brasil democrático e justo para com todos. Nossa liberdade vale mais que nossa vida", disse o presidente.
Bolsonaro é alvo de inquéritos na Polícia Federal, no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Morador que reclama da gasolina é chamado de "argentino"
Antes disso, o presidente foi criticado por manifestantes que reclamaram do preço da gasolina, que disparou nos útlimos meses e já ultrapassou os R$ 6 por litro em várias cidades. "Baixa a gasolina! Baixa a gasolina!", diziam eles.
Ao ser avisado por um assessor do que se tratava a crítica, Bolsonaro disse que o morador era "argentino" —o brasileiro tem divergências ideológicas com o presidente da Argentina, Alberto Fernandez. "Por falta de conhecimento é que o povo pereceu", continuou Bolsonaro depois.
Ele ainda voltou a falar do preço da gasolina. Disse que muitas pessoas estão preocupadas. A seguir, mencionou os problemas que o país enfrenta, como a pandemia de coronavírus. "Muitos reconhecem a dificuldade que tivermos com essa pandemia, uma crise hidrológica no país, a geada", disse.
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