Barroso pede a Braga Netto que indique um nome das Forças Armadas ao TSE
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, e o ministro da Defesa, Braga Netto, debateram hoje a indicação de um nome das Forças Armadas para uma comissão de transparência das eleições do TSE.
A assessoria de imprensa do Supremo informou, em nota ao UOL, que a comissão será integrada por diversos órgãos e entidades. Braga Netto chegou a ligar para Barroso quando se iniciava a sessão da 1ª Turma do STF, e o microfone do ministro estava aberto.
"O ministro Luís Roberto Barroso, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, está organizando a montagem da comissão de transparência das eleições, para monitorar todo o processo do voto eletrônico desde o primeiro momento", diz a nota.
"A comissão será integrada por diversos órgãos e entidades e terá um representante das Forças Armadas. Por essa razão, o Ministro Barroso contatou o Ministro da Defesa, General Braga Neto, solicitando a indicação. O General retornou quando se iniciava a sessão da 1ª Turma do STF e o Ministro o atendeu", acrescenta.
Semana passada, Barroso anunciou a ampliação das medidas de auditoria do sistema eletrônico de votação para aumentar a transparência da urna eletrônica, após a rejeição pela Câmara dos Deputados de proposta que obrigaria a impressão do voto pela urna.
A criação da comissão de transparência é uma das ações adotadas pelo TSE.
Microfone aberto
O presidente do TSE esqueceu o microfone ligado e deixou vazar parte do conteúdo de uma ligação com ministro da Defesa, general Braga Netto. O vazamento ocorreu durante a sessão plenária virtual da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal).
"Boa tarde, general. Como vai o senhor? Tudo bem?", iniciou a conversa. Em seguida, Barroso é alertado pelo colega, ministro Alexandre de Moraes, de que o microfone estava ligado. "Ministro Luís Roberto, o microfone está aberto."
O momento ocorreu aos 9 minutos e 30 segundos. Veja abaixo:
Voto eletrônico é seguro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sem apresentar quaisquer provas, tem constantemente colocado em dúvida o sistema eletrônico de votação afirmando que é passível de fraude e não é auditável.
Entretanto, ao contrário do que afirma o presidente, o sistema eletrônico de votação é auditável e, desde a implementação da urna eletrônica em 1996, nunca foi comprovada nenhuma fraude no sistema.
O presidente foi o principal defensor da PEC do voto impresso e chegou a colocar em dúvida a realização das eleições do ano que vem se a proposta não fosse aprovada, o que provocou duras reações do Congresso e do Judiciário assegurando o pleito.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.