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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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TSE vai triplicar número de urnas no teste de integridade em 2022

Urna eletrônica - TSE
Urna eletrônica Imagem: TSE

Colunista do UOL

13/08/2021 07h00Atualizada em 13/08/2021 17h39

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Como resposta ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraude, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está se preparando para triplicar o número de urnas eletrônicas a serem testadas em 2022. Normalmente, o teste de integridade é feito com cerca de cem urnas. No ano que vem, ao menos 300 urnas serão submetidas ao procedimento.

Conforme definido em lei, são sorteadas em todo o país, no dia das eleições, urnas eletrônicas preparadas para receberem os votos. Esses equipamentos são colocados em salas com filmagem, para serem testados em uma votação paralela, que não é contabilizada na votação oficial.

Cada voto dado na urna eletrônica é anunciado e registrado em uma cédula de papel. Depois, é impresso o boletim de urna, que registra todos os votos dados no equipamento. O resultado é comparado com os votos de papel. Esse procedimento é feito em local público e sob a fiscalização de partidos, entidades e qualquer cidadão interessado, no mesmo horário das eleições.

Técnicos do TSE ainda estudam o número exato de urnas que serão submetidas a esse procedimento em 2022, mas já definiram que será ao menos três vezes mais do que a quantidade de equipamentos testados em 2020.

A medida é parte do pacote anunciado na quinta-feira (12) pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, para aumentar a transparência do sistema de votação brasileiro. No dia anterior, a Câmara dos Deputados rejeitou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que instituía o voto impresso. Ainda assim, Bolsonaro continua atacando a urna eletrônica.

Entre as medidas anunciadas por Barroso está a ampliação do tempo, para um ano antes do pleito, em que o código-aberto das urnas ficará disponível para partidos e técnicos. Também será feito convite para partidos políticos participarem da inseminação do programa nas urnas.

E, por fim, a criação de uma comissão externa composta por pessoas da sociedade civil e instituições públicas para fiscalizar cada etapa do processo.