Presidente do PDT: Bolsonaro é aprendiz de ditador; ele é nosso inimigo
Colaboração para o UOL
13/09/2021 19h24
No balanço de Carlos Lupi, presidente do PDT, as manifestações de ontem contra o mandatário federal, Jair Bolsonaro (sem partido), foram bem-sucedidas. Lupi lançou críticas e ressaltou a postura antidemocrática de Bolsonaro.
"O momento é muito sério para ficarmos brigando ou brincando. É hora de fazer o enfrentamento contra esse aprendiz de ditador e adversário da democracia", disse ao UOL News. Assim como o presidente do Cidadania, Lupi pediu união da oposição de Bolsonaro, que é "nosso inimigo".
"Temos que ter de um lado os democratas e, do outro, os fascistas", completou. O presidente do PDT fez paralelos ao início dos atos das Diretas Já, que foram aumentando com o passar do tempo.
"Boa parcela da população viu e começou a se mobilizar, tenho certeza que teremos boa participação no próximo, que deve ser em outubro", afirmou.
O movimento (de ontem) não foi fraco. Só essa direita nociva, reacionária e liderada por Bolsonaro tem estado na rua. Ele tem colocado um exército de gente na rua com fake news e dinheiro público. Tem usado a raiva, o racismo, a homofobia e isso mobiliza uma parte do eleitorado".
Lupi pediu para que o movimento no futuro deixe as polarizações e preferências partidárias de lado. "Tem que ter cabeça fria, deixamos as divergências para depois", afirmou.
Uma das possibilidades para a adesão dos atos antibolsonaristas de ontem ter sido menor é o tom antipetista e contra Lula (PT) adotado na convocação. Na Avenida Paulista, região central de São Paulo, cerca de 6 mil pessoas apareceram, segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo).
O número é menos da metade do que o de pessoas que compareceram no último 7 de Setembro ao Grito dos Excluídos, no Vale do Anhangabaú.