'Não iremos a nenhum ato que ataque Lula e o PT', diz Gleisi Hoffmann
A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que todas as manifestações organizadas em defesa da democracia e a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) são válidas, mas ressaltou que o partido não participará de nenhum ato que faça ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à própria legenda.
"Não iremos em nenhum manifestação que ataque Lula e o PT", declarou a parlamentar em entrevista ao UOL News. Segundo Hoffmann, esses atos precisam de tempo para serem organizados em conjunto com partidos e movimentos sociais na construção de uma "pauta unitária", a fim de encontrar "pontos de convergência" para evitar ataques mútuos.
A deputada paranaense defendeu a legitimidade das manifestações contra a "escalada autoritária" do governo Bolsonaro ocorridas ontem em algumas cidades do país organizadas pelo MBL (Movimento Brasil Livre), e explicou que o partido que ela preside não foi convidado para organização e, por isso, a base de apoiadores do PT não foi mobilizada - a legenda, aliás, não aderiu ao ato.
Com pouca adesão, o protesto organizado pelo MBL tinha como pauta prioritária o impeachment de Jair Bolsonaro, mas alguns dos presentes também fizeram críticas a Lula e pediam uma saída alternativa que não o atual mandatário e o ex-presidente petista nas eleições de 2022.
Ao UOL News, a política destacou que "esse é um problema das manifestações não articuladas e organizadas com visão de amplitude" e que, por isso, "não dava para a gente participar dos atos".
Gleisi Hoffmann pontuou que, hoje, o "ponto de convergência" que une o PT, o MBL, dentre outros movimentos sociais e partidos políticos é o "fora Bolsonaro, o impeachment", a luta contra "o campo do fascismo, da extrema-direita e do autoritarismo".
"Temos consciência que a democracia é vital para que a sociedade brasileira debata e construa seus rumos. O foco é tirar o Bolsonaro", Gleisi Hoffmann
Por fim, a deputada destacou que na semana passada houve uma reunião entre 10 partidos para a construção de manifestações contra o governo e em defesa da democracia que deverão ocorrer no primeiro final de semana de outubro e no dia 15 de novembro. Entre as legendas, estão, além do PT, o PSOL, PCdoB, PSB, PDT, Solidariedade, Rede, Novo, PV e Cidadania. PSDB e MDB, por exemplo, não aderiram à reunião, mas serão convidados para os atos, explicou.
Em relação a participação do ex-presidente Lula nesses protestos, a parlamentar disse que o ex-presidente não está envolvido na organização, mas isso não impede "que ele venha a participar" de grandes atos no futuro, com pautas amplas e adesão de diversas frentes.
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