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Marques critica CPI e manda PGR avaliar pedido de indiciamento de Barros

08.fev.22 - Nunes Marques em sessão da Segunda Turma do STF - Nelson Jr. / STF
08.fev.22 - Nunes Marques em sessão da Segunda Turma do STF Imagem: Nelson Jr. / STF

Do UOL, em São Paulo

09/03/2022 20h12

O ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), ordenou que a PGr (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre o pedido de indiciamento do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do Governo Bolsonaro na Câmara. Em seu despacho, o ministro também fez críticas à CPI da Covid.

"Anoto, neste ponto, que, em princípio, não me afigura atender os requisitos para manutenção válida do indiciamento realizado pela CPI da Pandemia em relação aos ora requeridos o fornecimento de '175.000 (cento e setenta e cinco) mil páginas, equivalentes a 350 resmas de papel' de documentos, sem indicação específica da relação de cada um com os delitos imputados aos indiciados constantes destes autos", escreveu Nunes Marques no despacho.

O ministro é relator do caso que investiga denúncia da CPI da Covid de que Ricardo Barros teria cometido crime de organização criminosa ao usar de sua influência em contrato para a aquisição da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde. Líder do Governo Bolsonaro, Barros nega as denúncias.

"Para sua validade [do indiciamento] é necessário que tais elementos sejam apontados claramente, não podendo ser aceito, pois, um indiciamento genérico com base em mera opinião da autoridade responsável, devendo ela apontar especificamente ao fazer um indiciamento quais os delitos, em tese, praticados e quais as provas que tem para atribuí-lo(s) ao(s) indiciado(s)", escreveu Nunes Marques à PGR.