Alvo de operação, Hang pede contas de volta a Moraes: 'Intuito de me calar'
O empresário Luciano Hang entrou com um recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) para recuperar acesso às contas bancárias e perfis de redes sociais. Hang e outros empresários bolsonaristas foram alvos de uma operação da Polícia Federal após mandarem em um grupo de WhatsApp mensagens a favor de um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro deste ano — as conversas foram reveladas pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.
Por ter autorizado a operação, o ministro Alexandre de Moraes foi o endereçado no pedido feito pela defesa de Hang, que argumenta que "não há uma mensagem sequer" onde o empresário, dono das lojas Havan, "menciona ou assente com o suposto atentado à democracia".
Por sua assessoria de imprensa, Hang afirmou que o ministro cometeu um erro e que as decisões foram para deixá-lo calado.
"Creio que o ministro Alexandre de Moraes foi levado ao erro, pois a decisão teve por base, única e exclusivamente, uma matéria do jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles, publicada no dia 17 de agosto de 2022. Depois, entrou o coordenador de campanha do PT, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pedindo bloqueio de contas bancárias, prisão e, principalmente, o bloqueio das redes sociais, com o intuito de me calar", disse Luciano Hang.
A assessoria do dono da Havan também informou que ele participará de atos de 7 de Setembro, ao lado de Bolsonaro e outros empresários. Segundo o comunicado, Hang irá a eventos em Brasília e em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Hang teve celular recolhido pela PF
Moraes autorizou para 23 de agosto buscas na residência e no escritório de Hang, ambos em Brusque (SC), e também em uma casa de veraneio em Balneário Camboriú (SC). Após a operação, a assessoria de imprensa do empresário disse que ele estava trabalhando em sua empresa quando a Polícia Federal chegou às 6h. O celular do dono da Havan foi recolhido.
"Eu faço parte de um grupo de 250 empresários, de diversas correntes políticas, e cada um tem o seu ponto de vista. Que eu saiba, no Brasil, ainda não existe crime de pensamento e opinião. Em minhas mensagens em um grupo fechado de WhatsApp está claro que eu NUNCA, em momento algum falei sobre Golpe ou sobre STF. Eu fui vítima da irresponsabilidade de um jornalismo raso, leviano e militante, que infelizmente está em parte das redações pelo Brasil."
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