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Critério para rever lista do Bolsa Família será legalidade, diz Dias

“Objetivo é trabalhar o programa seguindo o esforço do povo brasileiro, que coloca essa quantidade de dinheiro, os impostos que pagam”, afirmou o futuro ministro Imagem: Eduardo Militão/UOL

Do UOL, em Brasília

22/12/2022 13h24Atualizada em 22/12/2022 13h24

O futuro ministro do Desenvolvimento Social, o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT), afirmou nesta quinta-feira (12) que a "legalidade" será o critério para revisar a lista de beneficiários do cadastro único de programas sociais, como o Bolsa Família. Durante os trabalhos do governo de transição, o PT avaliou que é preciso fazer um "pente fino" na relação.

Hoje, o cadastro tem 90 milhões de pessoas e 40 milhões de famílias depois de nove mudanças nas regras de programas na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Depois de ser anunciado como ministro pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Wellington dias afirmou que "eficiência é dinheiro público, é esforço público". "Cada centavo se gasta no que é realmente... os que mais precisam", continuou ele, em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)).

A reportagem do UOL questionou se haveria retirada de pessoas do programa. "Legalidade", respondeu Dias, inicialmente. "Ou seja, o objetivo não é retirar pessoas."

"O objetivo é trabalhar o programa seguindo a lei, a regra, o esforço do povo brasileiro, que coloca essa quantidade de dinheiro, os impostos que pagam."
Wellington Dias, futuro ministro do Desenvolvimento Social

"É atender realmente a quem precisa, a quem preenche os requisitos." Dias disse aos jornalistas que é preciso se debruçar no cadastro único.

Segundo o relatório do governo de transição, que foi entregue hoje, só 60% dos registros do banco de dados estão atualizados. "O cadastro também está desfigurado: das cerca de 40 milhões de famílias inscritas, 13,9 milhões compõem arranjos unipessoais", afirma o documento.

Ao mesmo tempo, é preciso incluir pessoas nos programas sociais que não estão entre as pessoas cadastradas. "Mas é ter também um olhar para os que estão de fora, preenchem os requisitos, têm o direito", destacou Wellington Dias.

"A orientação é não deixar ninguém para trás. É trabalhar com outros setores, com busca ativa para garantir, o mais rapidamente possível, atender a essas pessoas."

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