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Lula fala em 'penúria' no país e critica Bolsonaro: 'Mentia no cercadinho'

Do UOL, em São Paulo

22/12/2022 11h30Atualizada em 22/12/2022 13h02

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou hoje a situação que o presidente Jair Bolsonaro (PL) entregará o país ao final de seu mandato.

Lula atacou seu principal adversário político, ao dizer que Bolsonaro preferiu disseminar mentiras a seus apoiadores, em vez de governar o país.

Pretendo que a sociedade brasileira saiba que país nós encontramos em dezembro de 2022. Recebemos o governo numa situação de penúria, coisas mais simples não foram feitas. De forma irresponsável, o presidente preferiu contar mentiras no 'cercadinho' do que governar esse país.
Lula, em discurso no CCBB

As declarações foram feitas em discurso no CCBB, em Brasília, logo após o gabinete de transição apresentar o relatório final elaborado desde novembro, quando Lula foi eleito. O documento lista os principais "retrocessos" e problemas identificados nos quatro anos do governo Bolsonaro.

Segundo o documento, a gestão de Bolsonaro foi responsável pela "desorganização do Estado" e "desmonte de serviços públicos essenciais".

Procurado pelo UOL, o governo Bolsonaro não se manifestou sobre as críticas.

PEC da Transição

Lula também agradeceu ao Congresso Nacional pela promulgação da PEC da Transição, que amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões em 2023 e dá ao futuro governo margem fiscal para tocar programas sociais

O presidente eleito fez questão de mencionar, em seu agradecimento, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL).

Acho que é a primeira vez que um presidente da República começa a governar antes da posse. Tivemos a responsabilidade de fazer uma PEC, e todo mundo sabia que não era nossa; era para cobrir a irresponsabilidade do governo que vai sair.
Lula, em discurso no CCBB

Vitória de Lula no Congresso. A aprovação da PEC foi considerada uma vitória pelo novo governo, ainda que o prazo para a ampliação do teto tenha ficado em um ano, e não dois, como queria a equipe de Lula.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)