Dino diz que 'Estado de Direito não é compatível com milícias políticas'
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, disse hoje que irá propor à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que sejam criado grupos especiais para "combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável".
O que Flávio Dino disse
- Que os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos 'patriotas' viraram incubadoras de terroristas e que medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas;
- Que o armamentismo gera outras degenerações e que superá-lo é uma prioridade.
- E que irá propor que o Procurador Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável. Segundo ele, o Estado de Direito não é compatível com o que chamou de 'milícias políticas'.
Fala ocorreu após prisão de bolsonarista. A declaração do futuro ministro foi feita pelas redes sociais, após a prisão do empresário George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, suspeito de plantar uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília.
Empresário disse ter gastado R$ 170 mil com armas. Com ele, foram apreendidos no sábado (24) um arsenal:
- dois revólveres
- duas espingardas
- três pistolas
- cinco emulsões explosivas
- munições e uniformes camuflados no imóvel alugado pelo empresário
Ele viajou do Pará para o Distrito Federal no início de novembro. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele frequentou o acampamento em frente ao quartel-general do Exército.
George Sousa será autuado por crime contra o Estado e porte e posse de arma de fogo. À polícia, ele confessou ter montado um artefato explosivo numa área de acesso Aeroporto Internacional de Brasília.
"Ele tinha registro de colecionador CAC, e todas as armas estão no nome dele. No entanto, não há autorização para transitar com essas armas livremente. A situação se agrava porque ele viajou do Pará para Brasília sem guia de autorização de transporte", disse a corporação ao UOL.
A família do bolsonarista afirmou que soube da prisão do homem por meio da mídia, na manhã deste domingo (25). "Estou chocada e assustada. Isso não pode ter acontecido porque ela era uma pessoa pacifista. O meu marido nunca faria algo assim", disse ao UOL a esposa, Ana Claudia Leite de Queiroz, 50.
Segundo apurou o UOL, o homem pediu à polícia que a prisão, deflagrada na tarde de sábado (24), não fosse comunicada à família devido ao feriado de Natal.
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