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No Senado, Flávio Bolsonaro tenta desvincular pai de atos terroristas

Do UOL, em Brasília

10/01/2023 12h49Atualizada em 10/01/2023 15h51

O filho "01" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou a discussão do decreto de intervenção federal no Distrito Federal para tentar defender seu pai de possível responsabilidade pelos atos terroristas de domingo (8). Flávio se posicionou contra a aprovação do decreto, aprovado de forma simbólica pelo Senado nesta terça-feira.

No dia de ontem muitas pessoas tentaram vincular Bolsonaro ao que aconteceu, esse ato triste, lamentável, injustificável na nossa Casa" Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

"O senhor [Pacheco] coloca a individualização das responsabilidades. Isso é fundamental, porque nós tivemos um presidente da República que por quatro anos repetiu à exaustão que sempre jogaria dentro das quatro linhas da Constituição. E não só no discurso, mas o fez na prática, mesmo entendendo que em vários momentos foram usados atos contra ele fora da Constituição", disse, sem explicar que atos seriam esses.

Antes de Flávio discursar, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que iria buscar a responsabilização individual dos golpistas que danificaram o Congresso, inclusive com bloqueio de ativos. "Não é justo que o povo brasileiro pague a conta de depredação praticada por criminosos. Eles deverão pagar essa conta. Tomaremos todas as providências para que aconteça."

Flávio disse ainda que o presidente se recolheu em silêncio após os resultados das eleições e está "lambendo as feridas".

Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro do ano passado, para onde foi para não ter de passar a faixa para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia da posse.

Ontem, o senador Renan Calheiros (MDB) formalizou um pedido no STF para que Bolsonaro se apresente no país em 72 horas sob pena de ser preso. Bolsonaro não é investigado formalmente no inquérito das milícias digitais, aberto a partir do inquérito dos atos antidemocráticos.