Governo Lula não pode medir base pela eleição do Congresso, diz Pacheco
Após concretizar sua reeleição à presidência do Senado Federal contando com o apoio do governo, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) não acredita que os números da votação de hoje sejam um reflexo da base de apoio de Lula (PT) no Congresso.
Em entrevista à CNN Brasil, Pacheco disse que a construção de base "depende muito da qualidade das propostas do governo".
O governo não pode medir [sua base] pelo resultado da eleição dos presidentes [do Legislativo]"
- O senador venceu de Rogério Marinho (PL-RN) por 49 votos a 32
- Arthur Lira (PP-AL) também foi reconduzido hoje ao cargo de presidente da Câmara, com uma votação recorde de 464 votos
O presidente do Senado destacou a quantidade de senadores necessários para a aprovação de PECs (Propostas de Emenda a Constituição), por exemplo: são necessários exatamente 49 votos entre os 81 assentos do Senado.
"O resultado [das eleições legislativas] se encerra a partir de agora. São 81 senadores, cada um com sua percepção", declarou.
Entre as propostas prioritárias do governo para tramitarem no Legislativo, está a reforma tributária — vista por Pacheco como uma pauta mais "técnica" que pode angariar votos também da oposição, a depender da articulação política do governo Lula.
Governo Lula "não tem direito de errar"
Ao avaliar os motivos que levaram Lula a apoiá-lo, Pacheco defendeu que houve um movimento comum de buscar "harmonia e diálogo", e não confronto.
"O Brasil precisa de união. Me parece responsabilidade [de Lula] de compreender que um gesto contamina o que ele próprio tem pregado", afirmou.
Para Rodrigo Pacheco, o atual governo encara desafios da ordem social, econômica e política que não dão margens para "criar crise onde não precisa" — e que também limita os erros que pode cometer.
Espero que o governo tenha essa consciência de que não pode errar, e nós estamos aqui para contribuir que ele não erre"
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