'Não pedi, nem recebi': Bolsonaro nega ilegalidade envolvendo joias
Do UOL, em São Paulo
04/03/2023 11h54Atualizada em 04/03/2023 16h05
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, em declaração à CNN Brasil, ilegalidades em relação a joias enviadas como presentes pela Arábia Saudita.
Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade. Veja o meu cartão corporativo pessoal. Nunca saquei, nem paguei nenhum centavo nesse cartão.
Jair Bolsonaro
Apesar da negativa do ex-presidente, o governo Bolsonaro contrariou decisão do TCU e pressionou a Receita Federal para tentar recuperar as joias. Nos últimos meses de seu governo, Bolsonaro recorreu pelo menos quatro vezes a ministérios para reaver as peças, sem sucesso.
Os itens, avaliados em R$ 16,5 milhões, foram retidos pela Receita Federal quando um então assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque as trazia de uma viagem institucional feita à Arábia Saudita.
O que aconteceu:
- As joias teriam sido um presente do governo da Arábia Saudita à então primeira-dama.
- As joias foram retidas pela Receita Federal no aeroporto internacional de Guarulhos (SP), porque a legislação brasileira obriga que seja feita a declaração de bens vindos de fora com valor superior a US$ 1.000.
- O governo brasileiro poderia ter recebido as joias como um presente oficial, o que não é ilegal. Mas, neste caso, os bens ficariam para o Estado, e não com a família Bolsonaro.
- O ministro Flávio Dino irá solicitar que a Polícia Federal apure o caso.