Topo

O que Bolsonaro e Bento Albuquerque terão que responder ao TCU

Bolsonaro e Bento Albuquerque terão de prestar esclarecimentos ao TCU - Reprodução/Twitter/@jairbolsonaro
Bolsonaro e Bento Albuquerque terão de prestar esclarecimentos ao TCU Imagem: Reprodução/Twitter/@jairbolsonaro

09/03/2023 22h21Atualizada em 09/03/2023 22h21

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Bento Albuquerque terão de dar esclarecimentos ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre as joias recebidas do governo da Arábia Saudita. O ministro Augusto Nardes, relator do caso, deu prazo de 15 dias para as respostas, que deverão ser entregues por escrito.

Nardes pediu detalhes sobre os presentes dados pelo governo saudita e o que aconteceu com cada um. No mesmo despacho, o ministro proibiu Bolsonaro de usar ou dar alguma destinação às joias, e que guarde as peças "como fiel depositário" até que haja decisão definitiva sobre o caso.

No documento, Nardes elencou 5 perguntas a serem feitas a Bolsonaro e 4 para Albuquerque. Do ex-presidente, o ministro quer saber exatamente o que foi dado pelo governo saudita e quais desses itens permanecem com ele. Já o ex-ministro é questionado sobre a viagem na qual os presentes foram recebidos.

As perguntas feitas pelo TCU a Bolsonaro são:

  • Quais foram os presentes recebidos por ocasião da visita à Arábia Saudita?
  • Quais desses presentes estão em posse de Bolsonaro neste momento, além do que foi apreendido, e qual o destino a ser dado pelo ex-presidente a cada um dos itens?
  • Os presentes foram dados em caráter pessoal a Bolsonaro e à ex-primeira dama? Ou seriam incorporados ao acervo do governo brasileiro?
  • Se os presentes eram caráter pessoal, que providências foram tomadas para o pagamento dos devidos impostos?
  • Houve orientação para o envio de servidor em avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para tentar buscar uma nova leva de presentes do governo saudita [conforme revelado na semana passada]?

Três das perguntas direcionadas a Albuquerque são as mesmas feitas a Bolsonaro. O ex-ministro, contudo, também terá de esclarecer quais os presentes do governo saudita foram trazidos por ele na bagagem de mão. Foi na mochila de um assessor de Albuquerque, no aeroporto de Guarulhos, que as joias foram apreendidas ao chegarem ao país.

O UOL Notícias procurou o advogado Frederick Wassef, que representa Bolsonaro no caso das joias, mas o defensor do ex-presidente não quis se manifestar.