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Major bolsonarista é condenado a 2 anos de prisão por atuação política

Major João Paulo da Costa Araújo Alves - Reprodução/Redes Sociais
Major João Paulo da Costa Araújo Alves Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Colaboração para o UOL, em Salvador

17/03/2023 20h23Atualizada em 17/03/2023 21h18

João Paulo da Costa Araújo Alves foi condenado na primeira instância da Justiça Militar por desobediência.

O que aconteceu:

  • O militar foi condenado em duas ações penais.
  • Os dois julgamentos ocorreram no último dia 9 e resultaram em uma pena total de dois anos de prisão.
  • O primeiro processo diz respeito à desobediência do major em continuar publicando conteúdo nas redes sociais a favor do então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e sobre o governo do Piauí;
  • No segundo caso, o militar desobedeceu a mesma ordem que havia sido dada por outro comandante. O major bolsonarista havia sido transferido para outra organização militar.

É vedada a manifestação pública sobre matéria de ordem político-partidária, por parte dos militares que estão na ativa, e o seu descumprimento pode caracterizar grave transgressão disciplinar ou mesmo crime militar."
Rodolfo Rosa Telles Menezes, juiz federal da Justiça Militar

Ainda cabe recurso da decisão ao Superior Tribunal Militar.

O UOL tenta contato com o major. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

Prisão preventiva

O major João Paulo da Costa Araújo Alves foi preso em maio do ano passado por desobedecer recomendação do Exército que proíbe manifestações político-partidárias.

O oficial foi preso preventivamente naquele mês por ignorar ordens dos superiores e continuar a usar os perfis no Facebook, Instagram e Twitter como plataformas eleitorais. Ele se apresentava como pré-candidato a deputado federal.