Topo

Esse conteúdo é antigo

STF marca 4º julgamento de envolvidos no 8/1 e vai avaliar mais 250 casos

Atos golpistas destruíram prédios dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro - REUTERS/Antonio Cascio
Atos golpistas destruíram prédios dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro Imagem: REUTERS/Antonio Cascio

Do UOL, em São Paulo

05/05/2023 19h27Atualizada em 05/05/2023 22h57

O STF (Supremo Tribunal Federal) agendou para o próximo dia 9 de maio o julgamento de mais 250 pessoas denunciadas por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. Os ministros devem votar no plenário virtual até 23h59 de 15 de maio.

O que aconteceu

Esta será a quarta leva de julgamentos. Até o momento, 300 denunciados já viraram réus pelos ataques, sendo 100 na primeira leva e 200 na segunda.

Um terceiro julgamento ainda está sendo avaliado pelos ministros, que têm até a próxima segunda-feira (8), às 23h59, para se manifestarem. Neste caso, o placar está em 5x0, já que quatro ministros acompanharam o relator do processo, Alexandre de Moraes, para tornar réus mais 250 denunciados.

Nesta fase, o STF decide apenas se os denunciados se tornarão réus — só futuramente eles serão condenados ou absolvidos. Ao todo, 1.390 pessoas foram acusadas pela PGR (Procuradoria Regional da República).

O grupo foi acusado de crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Acusados se dividem em executores e incitadores

Os denunciados foram divididos em dois grupos: "executores materiais" e "autores intelectuais", sendo 25 e 225 acusados, respectivamente, em cada grupo.

O primeiro grupo é composto por pessoas que foram presas no Palácio do Planalto ou no Congresso, no dia 8 de janeiro. O grupo de "incitadores", por sua vez, é composto por pessoas que foram presas no acampamento em frente ao quartel do Exército, em Brasília, no dia 9 de janeiro.

Em geral, os classificados como executores ainda estão presos e foram acusados de crimes mais graves, como dano qualificado. A maioria dos incitadores, por outro lado, já está solta e responde em liberdade.

Ainda não houve denúncias contra supostos financiadores, políticos suspeitos de apoiar os atos e autoridades responsáveis pela segurança em Brasília. A Polícia Federal tem inquéritos em andamento contra estes grupos.